Por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), a Agência Nacional de Mineração (ANM) informou que exigiu que a Vale intensifique o monitoramento da barragem Forquilha III da mina de Fábrica, em Ouro Preto. O órgão recomendou a utilização de prismas e radar interferométrico, além de reportes diários sobre as condições da estrutura.
A agência afirmou que permanece vigilante quanto às ações corretivas e medidas de segurança que a Vale deve implementar e que acompanha de perto a situação. A empresa anunciou, por meio de um comunicado, a detecção de trincas superficiais na estrutura durante uma inspeção de rotina.
ANM faz inspeção
De acordo com a ANM, a barragem está em nível de emergência 3, o que representa o nível máximo de alerta para uma ruptura iminente. O órgão diz que a estrutura conta com monitoramento contínuo e medidas preventivas em andamento, incluindo uma Estrutura de Contenção a Jusante e tem a respectiva Zona de Autossalvamento evacuada, sem a presença de comunidades.
“Após a identificação de três trincas longitudinais, técnicos da ANM realizaram uma inspeção presencial no local. Segundo a agência, as fissuras, a princípio, parecem ser superficiais, contudo, a Vale será responsável por injetar cal nas trincas para determinar a profundidade. A instrumentação da barragem não indicou alterações no comportamento da estrutura”, diz o órgão.
A mineradora informou que as trincas são superficiais e não representaram alteração nas condições de estabilidade da barragem. A Vale ainda diz que já concluiu obras de reparação na estrutura em abril e que não houve abatimentos por conta do surgimento das trincas, motivadas por ressecamento do solo em decorrência da estiagem. A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) também acompanha a situação.