MPMG investirá quase R$ 1 milhão para monitorar águas do Rio São Francisco

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai investir R$ 985 mil para monitorar a qualidade das águas do Rio São Francisco. O órgão será o financiador de uma pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O trabalho será feito no trecho entre Pirapora e Januária, com a participação popular das comunidades ribeirinhas.

A pesquisa intitulada “Opará: Observatório cidadão da qualidade ambiental no médio São Francisco” será desenvolvida por pesquisadores dos Departamentos de Biologia Geral e de Geociências da Unimontes, em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor).

A previsão é que o projeto seja finalziado em 12 meses, tendo como principal instrumento o barco de pesquisa Opará, denominação dada pelos indígenas ao rio São Francisco, que significa rio-mar.

A embarcação, gerenciada pela Fadenor e que está ancorada em Pirapora, próximo ao Vapor Benjamim Guimarães, será primordial para conduzir a pesquisa pelo médio São Francisco, segundo os organizadores.

Para monitorar a qualidade da água do rio São Francisco serão considerados bioindicadores de qualidade ambiental ao longo do trecho a ser pesquisado, a partir do mapeamento e monitoramento por meio da presença de macroinvertebrados.

“Com base no monitoramento desses macroinvertebrados será possível fazer um diagnóstico em diferentes períodos do ano e ter um levantamento mais preciso em diversos trechos e apresentar relatórios para melhorar a qualidade da água em casos específicos”, resumem os pesquisadores.

Pesquisa financiada pelo MPMG envolverá a comunidade

A pesquisa tem outro importante objetivo: o envolvimento da comunidade no monitoramento da água. O trabalho envolve os municípios de Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma, Ibiaí, Ponto Chique, São Romão, São Francisco, Pedra de Maria da Cruz e Januária. A embarcação dispõe de estrutura necessária para dar suporte aos pesquisadores, contando, inclusive, com alojamentos.

O professor Maurício Lopes de Faria, um dos coordenadores da pesquisa, explica que estudantes e professores das comunidades ribeirinhas serão chamados para participar ativamente da obtenção dos dados da pesquisa, contribuindo no mapeamento da presença desses macroinvertebrados.

Essa metodologia, conhecida como ciência cidadã, será um instrumento moderno e fundamental para o monitoramento. A coordenação da pesquisa conta, ainda, com a participação do professor Magno Augusto Zazá Borges, do Departamento de Biologia Geral, e do professor Gustavo Cepolini, do Departamento de Geociências.

O estudo sobre a qualidade da água do rio São Francisco inaugura as ações do barco de pesquisa Opará. O diretor técnico e de relações institucionais da Fadenor, professor Roney Versiane Sindeaux, explica que a proposta da embarcação é apoiar pesquisas científicas no rio São Francisco, garantindo aos pesquisadores um barco com toda a estrutura necessária para o desenvolvimento de levantamentos e monitoramento em diversas áreas do conhecimento.

“Essa é apenas a primeira pesquisa que está sendo realizada e, lembramos, que outras pesquisas poderão ser feitas simultaneamente, já que teremos agenda para a utilização da embarcação de acordo com o cronograma e perfis dos levantamentos que serão realizados”, observou.

“O Opará é uma embarcação à disposição da ciência no Norte de Minas”, enalteceu o diretor da Fadenor. As informações são da Agência Minas.

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