Exportações mineiras: Conceição do Mato Dentro lidera contribuição entre os municípios minerados em 2024

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O minério de ferro, embora tenha passado por oscilações na demanda do mercado internacional, representou 32,1% das exportações de Minas Gerais entre janeiro e setembro deste ano. Os dados estão no levantamento divulgado pelo Governo de Minas nesta quinta-feira (10).

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), nos últimos nove meses, as exportações mineiras somaram US$ 31,6 bilhões, o que representa um aumento de 5,5% em comparação aos primeiros nove meses de 2023.

Dentre os municípios mineiros que se destacaram nas exportações durante o período, Conceição do Mato Dentro, polo minerário onde está instalado o empreendimento Minas-Rio, da Anglo American, respondeu por 5,4% das comercializações internacionais mineiras, seguido dos municípios minerados de Nova Lima (5,2%), Araxá (5,1%), e São Gonçalo do Rio Abaixo (3,8%). Varginha também se destaca na pauta exportadora (4,3%), com a produção de café.

O saldo da balança comercial do estado fechou superavitário em US$ 19,1 bilhões, alta de 4,6% frente ao mesmo intervalo de 2023.“Nossa participação nas exportações brasileiras, no último mês, foi de mais de 11,9%. Esse resultado é reflexo do trabalho que vem sendo feito no Governo Zema, com a promoção internacional de produtos mineiros em diversas embaixadas e consulados brasileiros no exterior”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio.

Além do minério de ferro (32,1%) , os principais produtos da pauta exportadora do estado foram café (16,5%), soja (9,1%), açúcares (5,2%) e ferroligas (5,1%). Entre janeiro e setembro, Minas Gerais também se manteve como o principal estado brasileiro exportador de minério de ferro, produto que gerou US$10,1 bilhões para a economia mineira, de café (US$ 5,2  bilhões) e ferroligas (US$ 1,6 bilhão), conforme divulgado pelo Governo de Minas.

Ainda de acordo com o levantamento, entre os produtos que mais registraram crescimento nas exportações do consolidado até setembro, em comparação com o mesmo período de 2023, destacaram-se o café, com crescimento de US$ 296,5 milhões (69%); ferro fundido bruto e ferro spiegel, que obtiveram incremento de US$ 40,3 milhões (49%); os aviões e outros veículos aéreos (de peso superior a 15 mil kg) cresceram na ordem de US$ 28 milhões (298%); os transformadores elétricos aumentaram em US$ 24,7 milhões (254%); e os automóveis de passageiros registraram incremento de US$ 24,5 milhões (201%).

Destinos e mercados

Nos primeiros nove meses de 2024, as exportações mineiras alcançaram 188 mercados. A China continua majoritariamente como o principal destino das exportações mineiras (40%), seguido de Estados Unidos (9,8%), Argentina (3,5%), Alemanha (3,3%) e Países Baixos (3,3%).

Perspectiva das importações

No acumulado do ano, Minas Gerais ocupa a 5ª posição como principal estado importador, representando 6,3% das importações brasileiras. De janeiro até setembro, as compras internacionais mineiras somaram US$ 12,4 bilhões, um aumento de 6,8% em comparação com o mesmo período de 2023.

Os principais produtos importados por Minas em 2024 foram: automóveis de passageiros (5,5%), hulhas e combustíveis semelhantes (3,5%), diodos, transistores e dispositivos semelhantes (3,3%), partes acessórios de automóveis  (3%) e fertilizantes (2,8%).

No recorte, dos 149 mercados de origem, a China se manteve como principal parceiro comercial de Minas, representando 25,7% das importações do estado, acompanhada dos Estados Unidos (12,2%), Argentina  (9%), Alemanha (5,1%) e Itália (5,1%).

Os principais municípios importadores foram: Betim (14,5%), Extrema (10,9%), Uberaba (8,5%), Belo Horizonte (5,9%) e Contagem (5,4%).

Exportações de alto valor agregado

Entre 2019 e 2023, por meio das políticas públicas para o comércio exterior do Governo de Minas, o estado alcançou o valor de US$ 3,7 bilhões em exportação de produtos de alta e média-alta tecnologia, setores que cresceram 72,9% nas comercializações no período.

Considera-se como setores de alta tecnologia as aeronaves espaciais e máquinas relacionadas, produtos informáticos, eletrônicos e óticos. Já no setor de média-alta tecnologia fazem parte: equipamentos elétricos, veículos automóveis, reboques e semi-reboques, produtos químicos e máquinas e equipamentos. As informações são da Agência Minas.

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