A movimentação política nos Estados Unidos pode afetar diretamente o futuro dos minerais críticos no Brasil. As recentes declarações e intenções do ex-presidente Donald Trump estão gerando preocupações no setor mineral brasileiro, com especialistas prevendo a fuga de investimentos estratégicos para o território norte-americano — uma jurisdição considerada mais estável e previsível para quem deseja aplicar capital em projetos de extração mineral.
Segundo o presidente do Conselho da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), investidores dos Estados Unidos estão cada vez mais inclinados a priorizar o próprio país em detrimento de nações como o Brasil, caso tenham que escolher. A razão, segundo ele, é clara: os EUA oferecem um ambiente regulatório conhecido, o que reduz os riscos e aumenta a confiança dos investidores.
Minas Gerais em alerta com possível retração de recursos de minerais críticos
Minas Gerais, um dos estados com maior potencial em minerais críticos no Brasil, pode ser um dos mais afetados pela reorientação dos investimentos. A falta de clareza regulatória e a ausência de um ambiente competitivo em termos internacionais são obstáculos que ainda afastam grandes aportes financeiros, especialmente em setores de tecnologia e energia limpa, que dependem diretamente desses recursos.
O debate reforça a urgência de políticas públicas mais eficazes e alinhadas com o cenário global, sobretudo diante da crescente demanda por minerais estratégicos como lítio, cobalto, grafite e terras raras.