Seis grupos sinalizaram ao Ministério dos Transportes que estudam participar do leilão da BR-381 para a concessão do trecho entre Governador Valadares e Belo Horizonte. A informação foi dada à CNN Brasil ao número 2 da pasta, George Santoro. Porém, o Executivo ainda não especificou quais seriam as empresas interessadas.
Após sucessivos fracassos na tentativa de privatizar a chamada “Rodovia da Morte”, o cenário mudou depois de o Governo Federal fatiar os lotes e assumir a execução da obra no perímetro mais crítico, entre Caeté e a capital, num trecho de 31 km. As obras entre os kms 427 e 458,4 da rodovia serão executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O trecho é tido como um gargalo para a concessão da rodovia, por conta dos riscos geológicos envolvidos e a necessidade de reassentar cerca de duas mil famílias que vivem às margens da estrada (saiba mais).
A rodovia é considerada estratégica para a indústria mineral do estado, pois liga a capital e as regiões minerárias entre si, sendo vetor de escoamento da operação de grandes empresas da mineração e siderugia.
Leilão da BR-381 tem histórico de facassos
Esta será a quarta tentativa do Governo Federal de privatizar o trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, sendo a segunda do atual governo. Nas mais recentes, em fevereiro de 2022, o governo Bolsonaro suspendeu o leilão dias antes da data marcada ao perceber que não haveria interessados. Já em novembro do ano passado, a gestão atual chegou a realizar o evento, mas não teve propostas.
“Vamos leiloar um ativo melhorado, em que o governo assumiu parte dos riscos. Estamos apresentando um projeto mais rentável ao mercado e que vai melhorar a vida das pessoas naquela região”, disse Santoro à CNN.
Dos cerca de R$ 9 bilhões previstos para o trecho de 304 quilômetros da rodovia, R$ 5,5 bilhões serão destinados a novas obras e outros R$ 3,7 bilhões para serviços operacionais.