A Agência Nacional de Mineração (ANM), após a fiscalização realizada nesta semana na barragem Forquilha III, na Mina de Fábrica, em Ouro Preto, informou que o dique de drenagem onde foram verificadas anomalias não apresenta mais alterações significativas, em relação às apresentadas nos últimos dias.
A fiscalização, realizada nos últimos dias 8 e 9 de abril, foi motivada pela saída de sedimento verificada no DP 02. O dique em questão é um dos 131 que operam na estrutura. O trabalho de fiscalização contou com a participação de representantes da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), da Defesa Civil, do Ministério Público e da empresa Aecom.
De acordo com a ANM, os profissionais da Vale apresentaram dados e informações sobre a anomalia. A minerdora também apresentou proposta preliminar de correção da estrutura, o que envolve tamponamento parcial do DP 2 com um filtro drenante.
Além disso, será realizada análise de risco e desenvolvido plano de monitoramento específico para o período pós-intervenção e plano de ação complementar para detalhar as investigações de caracterização da estrutura e da anomalia, conforme a ANM. Caso a empresa consiga consolidar o plano de intervenção e a análise de risco nesta semana, a intervenção será realizada em poucos dias.
“Em vistoria realizada em 9 de abril, técnicos da ANM, da Feam e da Defesa Civil de Minas Gerais constataram que a anomalia na barragem de Forquilha III se restringia à região do dreno DP-2, que é um dos 131 drenos existentes na estrutura. Segundo a equipe de fiscalização, não havia indícios de aumento de turbidez ou variações de vazão e, tampouco, aumento significativo da quantidade de material que saia pelo dreno em comparação com os dias anteriores”, diz a nota da ANM.
Enquanto ANM fiscalizava, Vale informou que população não corria risco
A mineradora Vale, também por meio de nota, informou que a Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem da Mina de Fábrica está evacuada desde 2019 e que, em 2021, foi concluída a construção de uma estrutura de contenção capaz de reter os rejeitos, em caso de rompimento.
A mineradora ainda informou que “implementará as ações necessárias nos próximos dias e manterá as autoridades informadas a respeito”. A estrutura, de 77 metros de altura, armazena 19,4 milhões de metros cúbicos de rejeitos e está em processo de descaracterização, com previsão de conclusão em 2035.