Oito anos após o maior desastre ambiental do país, Samarco concluiu reestruturação de seu passivo

Publicado em

Após oito anos após a maior catástrofe ecológica da história do país, a Samarco cumpriu com suas obrigações financeiras e agora pode se concentrar totalmente em suas operações.

A mineradora, que está sob controle da Vale e da BHP e atualmente em recuperação judicial, emitiu recentemente US$ 4 bilhões em títulos internacionais com vencimento em 2031. Essa emissão permitiu a troca da dívida anterior, que consistia em títulos que foram definidos com vencimento em 2022, 2023 e 2024.

Lucro deve atingir US$ 787 milhões

Os credores financeiros subscreveram US$ 3,7 bilhões do valor total emitido, enquanto os acionistas contribuíram com US$ 260 milhões. Como resultado, a Samarco reduziu com sucesso a sua dívida com credores financeiros internacionais de US$ 4,8 bilhões para US$ 3,7 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve atingir US$ 787 milhões (cerca de 3,9 bilhões de reais, considerando o câmbio médio do ano de 5 reais segundo o Valor Data), e a recuperação da capacidade de geração de caixa da empresa já equivale a um desastre.

Por fim, a Samarco encerrou 2022 com prejuízo de 12 bilhões de reais, elevando suas perdas acumuladas para 4,2 bilhões de reais nos primeiros nove meses do ano.

Samarco pediu recuperação judicial em 2021

A Samarco entrou em recuperação judicial em 2021 e recebeu aprovação em setembro para reestruturar dívidas de 50 bilhões de reais.

Desse montante, aproximadamente 26 bilhões de reais representam títulos emitidos no exterior e algumas linhas de financiamento pré-exportação detidas por credores financeiros, enquanto o restante é dívida aos próprios acionistas, relacionada à transferência de recursos após o rompimento da barragem de Fundão, no Mali, em 2015 Cidade de Yana – Inclui subsídio à Fundação Renova.

A dívida com credores financeiros foi renegociada com desconto de 25% no âmbito de um plano de recuperação aprovado em setembro. Os acionistas concordaram em converter parte de seu crédito em capital social da Samarco e o restante de seu crédito em instrumentos subordinados a novos títulos.

Vale e BHP ainda discutem um acordo de reparação para o desastre da barragem de Fundão em 2015. De 2024 a 2024, a contribuição da Samarco para o financiamento das obrigações de remediação relacionadas a rompimentos de barragens, incluindo recursos da Fundação Renova, será limitada a US$ 1 bilhão. 2030. Os recursos acima desse valor serão financiados pela Vale e pela BHP Billiton.

Matérias Relacionadas

‘Biossólido Itabira’ irá transformar lodo da Estação de Tratamento de Esgoto Laboreaux em um insumo agrícola

O “Biossólido Itabira”, uma colaboração entre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de...

‘Festival Fartura Dona Lucinha’ agita cidades de Serro e Conceição do Mato Dentro

Entre os dias 20 e 28 de maio, o "Festival Fartura Dona Lucinha" chega...

‘Festival Os Sons do Brasil’ chega em Ouro Preto e Mariana entre 20 a 22 de junho

Entre os dias 20 a 22 de junho, Ouro Preto e Mariana serão palcos...

‘Rodovia do Minério’: acordo entre MPMG e prefeituras pode tirar 1.500 carretas da BR–040

No primeiro semestre deste ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pretende finalizar...

últimas Matérias

 Anglo Gold Ashanti tem vagas de estágio para níveis técnico e superior

Vagas se destinam tanto a atuações presenciais quanto híbridas, com carga horária diária de 6 horas; Inscrições podem ser feitas pela internet até 31 de agosto

 Ato em defesa da ANM – servidores protestam pela estruturação da Agência Nacional de Mineração

Servidores da Agência Nacional de Mineração estão com as atividades paralisadas como forma de...

 Cidade das gemas: moradores de Teófilo Otoni vivem terror com guerra entre facções criminosas

Bandidos trocaram tiros com a Polícia na noite desta quinta-feira; PCC e Comando Vermelho vêm amedrontando moradores da cidade nas últimas semanas

 Funcionários dos Correios desistem de greve na véspera da Black Friday

Servidores cogitavam paralisação para reivindicar correções em Acordo Coletivo e melhores condições de trabalho, mas desistiram da ideia após terem pedidos considerados pelos Correios