No segundo semestre de 2024, a situação angustiante enfrentada pelos moradores de Macacos, distrito da cidade de Nova Lima, finalmente terá resolução. Desde 2019, a comunidade da região metropolitana de Belo Horizonte tem sido assolada pela ameaça iminente de ser engolida pela lama residual da barragem da Vale.
A demolição da barragem B3/B4, iniciada em 2020 na Mina Mar Azul, está prevista para ser concluída agora neste ano, pondo fim ao calvário de seis anos sofrido pelas 200 pessoas que foram evacuadas da área devido ao perigo representado pela barragem. Integridade Estrutural.
Barragem da Vale em Macacos faz parte de outras que empresa busca erradicar Vale em MG
Ao alocar impressionantes R$ 29 bilhões, a empresa espera erradicar todas as suas 17 barragens remanescentes em Minas Gerais, Brasil, até o ano de 2035. Atualmente, um progresso louvável foi feito com o desmantelamento de 13 dessas estruturas, com 10 localizadas no interior do estado e outras três situadas no Pará.
A mineradora tem, portanto, investido em tecnologias buscadas em diferentes partes do mundo para que as obras na Barragem da Vale possam ser realizadas de forma totalmente remota, para evitar a repetição dos crimes ambientais de Brumadinho.
Com isso, até 2024 a empresa produzirá 80% de sua produção no Brasil pelo método chamado “seco”, que dispensa Barragem da Vale. Em 2014, essa proporção era de 40%.
A empresa produziu um total de 216 milhões de toneladas de minério no ano passado, das quais cerca de 168 milhões de toneladas não utilizaram água. Em setembro de 2023, a produção seca do estado de Minas representava 54%, mais que o dobro da produção não represada do estado, de 20% em 2016.