O Serviço Geológico do Brasil (SGB) anunciou para o próximo dia 27 de novembro a realização do leilão do ativo mineral “Ouro de Natividade”, empreendimento localizado no Sul de Tocantins. Com estimativa de 725 mil toneladas de minério e teor médio de 1,02 g/t, o projeto poderá atrair grandes investimentos para o setor.
De acordo com o Governo Federal, Projeto Ouro de Natividade integra a carteira de ativos minerários pesquisados pelo SGB desde as décadas de 1970 e 1990. A lavra destaca-se pela versatilidade do ouro, amplamente usado em indústrias como as de componentes eletrônicos e joias.
Ainda segundo o SGB, a produção de ouro tem potencial para impulsionar a economia local com a geração de empregos e renda, além de promover o desenvolvimento e a infraestrutura regional. Poderão participar do leilão empresas brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento, isoladamente ou em consórcio.
De acordo com o regulamento, o certame será formalizado por meio de contrato de Promessa de Cessão de Direitos Minerários, a ser assinado após o leilão, pelos representantes da organização ou entidade vencedora.
O chefe da Divisão de Economia Mineral e Geologia Exploratória, Ruben Sardou, esclarece que o vencedor do leilão deverá cumprir as normas ambientais e minerárias, obter as licenças nos órgãos ambientais competentes e, posteriormente, protocolar na Agência Nacional de Mineração (ANM) a documentação necessária para a eventual lavra, após a aprovação do relatório de pesquisa complementar. “As atividades de lavra deverão ser iniciadas em até dois anos após a formalização da transferência dos direitos minerários”, informa o gestor.
O leilão está marcado para aas começar às 9h, na sala Plenária da ANM, em Brasília. A inciativa conta com o apoio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. informações no link.
SGB promoveu leilão em junho
No último mês de junho ocorreu outro leilão de ativos minerários, para o projeto Agrominerais de Aveiro (gipsita e calcário). A empresa Gesso Integral Ltda arrematou o ativo, localizado no Pará. O calcário e a gipsita podem ser aplicados para a correção do solo, sendo importantes insumos para otimizar a produção agrícola
Conforme divulgado pelo SGB, o projeto corresponde a áreas com ocorrências de gipsita (no Rio Cupari) e calcário (em Aveiro). Os recursos totalizam cerca de 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário. Os direitos minerários foram arrematados pela Gesso Integral Ltda.
Ainda conforme o SGB, também em junho foi arrematado o Projeto Fosfato de Miriri, localizado em Pernambuco e na Paraíba, pela empresa Elephant Mineração. O potencial para extração é de até 114 milhões de toneladas de minério fosfático e são previstos investimentos de cerca de R$ 2 milhões em pesquisas. O material também desempenha um papel fundamental para a segurança alimentar, por ser substância essencial na produção de fertilizantes que impulsionam a agricultura em nível global.