Com a presença de mais de 400 participantes, entre autoridades e representantes da sociedade civil, o 1º Congresso do Ministério Público do Pará sobre Justiça Climática e Sustentabilidade, realizado em Belém (PA), abriu espaço para debates fundamentais sobre o futuro ambiental e mineração sustentável com foco na economia do país. O encontro é parte das ações preparatórias para a COP 30, que ocorrerá em 2025, também na capital paraense.
Entre os nomes de destaque esteve o prefeito de Rio Piracicaba e presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (AMEPI), Augusto Henrique da Silva (Cidadania), que participou do painel sobre Desenvolvimento e Sustentabilidade. Engenheiro ambiental, o gestor levou ao evento reflexões importantes sobre a necessidade de transformação na atividade mineral na região.
Mineração com responsabilidade e olhar para o futuro
Durante sua participação, Augusto Henrique enfatizou os impactos negativos que a mineração causou em Rio Piracicaba nas últimas décadas. Segundo ele, a exploração deixou marcas ambientais profundas e poucos benefícios sociais e econômicos para a população local. Contudo, o cenário começa a mudar com a retomada gradual da mina de Água Limpa, anunciada recentemente.
“O momento é de reconstrução. Precisamos de um modelo de mineração que vá além da extração — um modelo que respeite o meio ambiente, promova justiça social e contribua com o verdadeiro desenvolvimento das nossas cidades”, afirmou o prefeito.
A proposta do líder da AMEPI é implementar uma mineração mais equilibrada, que seja benéfica para o município e para todo o Médio Piracicaba, buscando transformar os erros do passado em aprendizado para o futuro.
COP 30 e o papel dos municípios no combate à crise climática
O evento reforçou ainda o papel central que os municípios desempenham no enfrentamento das mudanças climáticas. Ao lado de promotores, gestores públicos e especialistas, os participantes discutiram caminhos para alinhar políticas públicas locais aos compromissos globais de sustentabilidade, com destaque para a economia verde e a justiça ambiental.
A COP 30, prevista para 2025, já mobiliza lideranças em todo o país e promete ser um marco na construção de uma agenda climática mais inclusiva e eficaz. A presença de prefeitos como Augusto Henrique no debate mostra que a transformação começa pela base — nos municípios, onde os impactos são sentidos de forma mais direta e onde também surgem as soluções mais inovadoras.