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Polícia Federal deflagra operação contra terrorismo em cidades de Minas e São Paulo, além do DF

Foto: José Cruz/ Agência Brasil - Endereços de BH, Contagem e Uberlândia foram alvos de mandados de prisão, busca e apreensão; Polícia investiga suspeito que se aproveita de vulnerabilidade de imigrantes no país

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (8) a segunda fase da Operação Trapiche, para apurar indícios de financiamento do terrorismo no país. Os trabalhos ocorrem nove meses após a prisão de dois suspeitos de participar da organização de supostos atos terroristas no Brasil.

Desde as primeiras horas do dia, agentes federais estão cumprindo um mandado judicial de prisão preventiva e oito de busca e apreensão nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem. A operação também tem desdobramentos em também em Brasília (DF) e São Paulo (SP). A Justiça Federal também determinou o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias, além da imediata suspensão da atividade de empresas-alvos da investigação.

Em nota, a PF informou que os investigadores já reuniram provas de que o principal investigado, cujo nome não foi divulgado, se aproveitava da vulnerabilidade de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas no nome destas pessoas, que não tinham conhecimento de que, de acordo com a PF, o esquema era usado para movimentar dinheiro destinado a atividades ilícitas.

“As evidências indicam que passagens aéreas utilizadas pelos brasileiros recrutados para viajarem ao exterior, onde foram entrevistados a fim de serem selecionados pela organização terrorista, foram financiadas com proventos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil”, sustenta a PF.

Polícia Federal identificou financiador

Ainda de acordo com as investigações da Polícia Federal, o apoio financeiro ao terrorismo sustentava-se em um “bilionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro”.  Os crimes foram descobertos a partir de outra operação, deflagrada em setembro de 2022, para combater a lavagem de dinheiro e um “intrincado” sistema de remessas de recursos ilícitos ao exterior, por intermédio da compra e venda de criptoativos.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios e financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 75 anos e 6 meses de reclusão. As informações são da Agência Brasil.

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