Por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Governo de Minas criou um grupo de trabalho para atuar em parceria com grandes empresas no combate crimes que prejudicam a prestação de serviços públicos e privados à população. O objetivo é desenvolver estratégias preventivas e operações para coibir crimes como furtos de água, energia, fios de cobre e equipamentos de telecomunicação.
Uma das iniciativas desse grupo foi I Seminário Integrado de Combate a Crimes de Infraestrutura de Energia, Saneamento e Telecomunicações, realizado nessa quarta-feira (7), em Belo Horizonte, com a participação de cerca de 150 pessoas entre representantes da Sejusp, Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público. Também participaram grandes empresas, como Cemig, Copasa, TIM, Vivo, Oi, Claro e Algar, além de membros do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal (Conexis).
O subsecretário de Integração da Segurança Pública, Christian Vianna, destaca que o encontro foi fundamental para consolidar a cooperação entre os diferentes atores envolvidos na temática. Para ele, o seminário possibilitou que todos passem a trabalhar de forma mais coordenada para enfrentar a criminalidade.
“No passado, tínhamos várias tratativas com essas empresas de forma separada. Agora, estamos reunindo todos os atores em um grupo de trabalho para uma atuação conjunta. O seminário foi a pedra fundamental para o lançamento desse projeto de cooperação entre as prestadoras de serviços e as forças de segurança, com o apoio dos demais entes do Estado e dos municípios“, diz Vianna.
População penalizada por crimes
Representando o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o promotor de Justiça Marcos Miranda destacou a importância de fortalecer a rede de colaboração e reforçou que os furtos não afetam apenas as concessionárias, mas também os cidadãos, já que as perdas acabam sendo repassadas nas tarifas dos serviços. Ele lembrou, também, que os crimes muitas vezes ocorrem de forma dispersa, alimentando uma rede criminosa mais ampla.
“As tarifas que custeiam esses serviços levam em consideração as perdas, e o aumento será suportado por todos os consumidores. Não se trata apenas da perda patrimonial de cinquenta metros de fio de cobre, por exemplo”, enfatizou.
Já o diretor de Relacionamento com o Cliente e Regulação da Copasa, Clyson Sousa, esclareceu que os serviços públicos são interdependentes, cujo trabalho conjunto é essencial para garantir o funcionamento adequado: “Para o fornecimento de água, precisamos da telefonia e da energia – principalmente em um estado com o relevo de Minas Gerais, onde a água precisa ser bombeada. E uma ação incorreta, seja em áreas ocupadas ou furtos qualificados, afeta toda a coletividade”. As informações são da Agência Minas.