A partir desta terça-feira (12) até o próximo dia 14 de setembro o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) promove, em Belo Horizonte, a 11ª Edição do Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA). O evento tem a cobertura do CidadesMineradoras.com.br, em parceria com a MM Advocacia Minerária.
O fórum é um dos mais tradicionais acontecimentos do setor, organizado em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas da Universidade (Demin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Saiba mais.
No primeiro dia, pela manhã, destaque para a realização dos painéis técnicos com especialistas de áreas relacionadas ao desenvolvimento de minas, como pesquisadores e representantes de mineradoras.
O painel “Declarações de Recursos e Reservas e o Título Minerário como garantia” destacou como o potencial mineral do Brasil, indicado pelo prévio conhecimento geológico, favorece um ambiente de investimentos e financiamentos para a pesquisa, mas apresenta gargalos na exploração mineral por ainda depender fortemente de capitais estrangeiros, dado o perfil de alto risco de a atividade ser incompatível com o perfil de investidores nacionais.
Moderado pela gerente de recursos minerais da Vale e membro do Conselho Diretor da Comissão Brasileira de Recursos e Reservas (CBRR), Raquel Queiroz, o trabalho também abordou o fato de que o Brasil ainda é conservador na gestão de sua economia, carente de políticas de incentivo fiscal para o setor, principalmente para empresas de exploração mineral.
O painel tratou como os processos de avaliação de recursos e reserva tem sido feitos no Brasil. O trabalho teve a participação de Beck Nader, Professor do Departamento de Engenharia de Minas da Escola de Engenharia da UFMG e Consultor Sênior da BNA Mining Solutions; de Cássia Gomi, Consultora / CBRR – RG Projetos Ambientais, CORE.S e GeoAnsata; José Ricardo Pisani, Presidente, CBRR; além de Roger Cabral, Diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM).
Painel 2
Outro destaque da programação é o painel Minas Subterrâneas: A Evolução das Condições Operacionais e suas Influências nas Relações de Trabalho. Moderado pelo Coordenador de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Buck, o trabalho abordou como o Brasil está desatualizado em relação à jornada laboral em minas subterrâneas, objeto de legislação da década de 40 do século passado. Trata-se de um contexto tecnológico e social com cerca de 80 anos de desatualização.
“A falta de atualização das normas às novas tecnologias, ao papel da mulher na sociedade e às novas diretrizes constitucionais impactam e prejudicam o desenvolvimento da mineração brasileira, que perde competitividade em face de outros mercados produtores”, destaca a apresentação.
O painel demonstra as evoluções nas condições operacionais em minas subterrâneas no Brasil e as influências positivas nas relações de trabalho, destacando a necessidade de adequação das normas para aumento da competitividade da mineração brasileira.
Entre os participantes, Adriana Olivati Modesto, Gerente Jurídico Contencioso, Nexa Resources; André Cezar Zingano, Professor da Universidade Federdal do Rio Grande do Sul; Maria Lua Araújo Vieira, Psicóloga Ocupacional, Mineracão Caraíba S.A – Ero Copper; além de Márcio Zanuz, Diretor Técnico, Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estande de Santa Catarina (SIECESC).
A programação completa da 11ª Edição do CBMINA está no link.