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Minas Gerais resgatou 651 trabalhadores escravizados em 2022

Imagem: Pixabay - Minas Gerais resgatou 651 trabalhadores escravizados em 2022

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) libertou com sucesso um total de 3.190 trabalhadores escravizados ao longo do ano anterior.

O relatório 2023 do MTE, recentemente publicado, revela que uma ampla fiscalização em 598 estabelecimentos, tanto urbanos quanto rurais, resultou no desembolso de R$ 12,8 milhões em salários e indenizações aos trabalhadores que foram resgatados como resultado direto do esforço diligente dos auditores federais.

Num feito notável, o ministério enfatizou que este resultado significa o maior número de resgates testemunhados em mais de uma década e meia. O relatório revela que os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo registraram o maior número de resgates, com 739, 651 e 392 respectivamente. Notavelmente, Minas Gerais assumiu a liderança com impressionantes 117 fiscalizações realizadas.

Fazendas de café foram os maiores locais de incidência de trabalhadores escravizados

A cafeicultura é a indústria que mais resgatou trabalhadores escravizados, com 302 trabalhadores escravizados, à frente da indústria canavieira, que teve 258 resgates até meados do ano passado.

De acordo com os números, o número de trabalhadores presos em condições análogas à escravatura aumentou para 63.400 desde que as equipas móveis de inspeção foram criadas em 1995.

As fiscalizações são coordenadas pelo MTE por meio do Grupo Mobile, em colaboração ao longo dos anos com outros órgãos como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Ministério do Trabalho Público (MPT), o Sindicato das Defensorias Públicas (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) e outras instituições.

O trabalho contra a quase-escravidão contou com a possibilidade de denúncias remotas e confidenciais dentro do sistema Ipê – https://ipetrabalhoinfantil.trabalho.gov.br/#!/

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