Investimentos de até R$ 23 bilhões podem sair de Minas com novo projeto que ameaça minerodutos

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Um projeto de lei que tramita em Minas Gerais acendeu o sinal vermelho no setor de mineração: até R$ 23 bilhões em investimentos — o equivalente a US$ 4 bilhões — correm o risco de serem suspensos na região de Serra Azul, caso seja aprovada a proposta que proíbe a instalação de novos minerodutos em seis cidades estratégicas da região metropolitana de Belo Horizonte.

O Projeto de Lei nº 3.402/2025 quer barrar novos empreendimentos do tipo nos municípios de Belo Vale, Brumadinho, Igarapé, Mário Campos, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas, sob o argumento de que os minerodutos representam ameaça ao abastecimento de água para cerca de 3,5 milhões de pessoas na capital e cidades vizinhas.

Rodovia da Morte ou infraestrutura moderna?

Atualmente, o minério extraído na região é transportado principalmente pela BR-381, popularmente conhecida como “Rodovia da Morte” devido ao elevado número de acidentes. A alternativa dos minerodutos tem sido apontada por especialistas e empresários como uma forma mais segura, eficiente e menos poluente de escoamento da produção mineral.

Com o possível veto a novos minerodutos, a alternativa que ganha força é o transporte ferroviário. Porém, entidades do setor, como a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG), alertam para o risco de concentração de mercado. Segundo a AMIG, estimular apenas as ferrovias pode criar um monopólio logístico, aumentar os custos operacionais e afastar novos aportes no estado.

Ferrovia de R$ 1,5 bilhão em pauta

Um exemplo dessa mudança de rota já está em curso: a Cedro Participações planeja investir R$ 1,5 bilhão em uma ferrovia privada que pode retirar cerca de 5 mil carretas por dia da BR-381. Apesar do impacto positivo no tráfego e na segurança, o novo modal trará custos mais elevados para o transporte do minério, tornando a operação menos atrativa para algumas empresas.

Para o setor, a solução passa por equilíbrio e diversificação da infraestrutura, evitando medidas que possam sufocar a competitividade da mineração em Minas Gerais. A decisão final sobre o projeto poderá redefinir o rumo de bilhões em investimentos e o futuro da logística mineral no estado.

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