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Anglo American recusa nova proposta da BHP para venda de seus ativos, desta vez superior a US$ 42 bilhões

Foto: Divulgação - Multinacional disse que a BHP continua a subestimar a empresa; Anglo American já havia rejeitado a proposta inicial de US$ 39 bilhões, no último dia 25 de abril

 

Nos últimos dias a BHP voltou à carga pela aquisição do portfolio da Anglo American. Porém, nesta segunda-feira (13), teve mais uma proposta rejeitada, desta vez de 34 bilhões de libras (US$ 42,67 bilhões).

Conforme divulgado pela Agência Reuters, em sua resposta, a Anglo American disse que a BHP “continua a subestimar significativamente” a empresa. A Anglo American já havia rejeitado um a proposta inicial de US$ 39 bilhões, no último dia 25 de abril, considerando-a oportunista. “A última proposta da BHP novamente não reconhece o valor inerente à Anglo American”, disse o presidente do conselho da Anglo American, Stuart Chambers, nesta segunda-feira.

A segunda oferta recusada havia sido feita na última terça-feira (7). Mais alta que a primeira em 10%, a nova proposta considerava também um aumento de 15% na relação de troca da fusão para elevar a participação agregada dos acionistas da Anglo American no grupo combinado para 16,6%, de 14,8%, segundo divulgado pela Reuters.

O CEO da BHP, Mike Henry, demonstrou desapontamento em um comunicado ao mercado: “A BHP continua acreditando que uma combinação das duas empresas proporcionaria um valor significativo para todos os acionistas”.

Os ativos da Anglo American

A Anglo American é conhecida por operar o maior mineroduto do mundo no empreendimento Minas-Rio, instalado a partir de Conceição do Mato Dentro, na microrregião do Médio Espinhaço, até o Porto de Açu, em São João da Barra-RJ. O trajeto de tubos por onde o minério de ferro é enviado ao litoral por gravidade e bombeamento supera os 525 km. O portfólio da empresa, especialmente na América do Sul e na África do Sul, inclui platina, minério de ferro, carvão siderúrgico (foto), diamantes e projetos de fertilizantes.

“Estimamos que, se a Anglo se desfizesse de seu portfólio de minério de ferro, diamantes, manganês e PGM, a entidade remanescente teria uma exposição de cerca de 70% ao cobre”, disseram os analistas da RBC Capital Markets, por meio de nota.

Ainda conforme apurado pela Reuters, a proposta recusada nesta segunda-feira exigia novamente que a Anglo vendesse suas ações em ativos de minério de ferro e platina na África do Sul. A empresa é considerada atrativa, principalmente, por seus ativos de cobre no Chile e no Peru, tendo em vista a perspectiva de mais geração de energia limpa e do uso de inteligência artificial.

Acordo com a Vale

Em 23 de fevereiro, a Vale fechou a compra de 15% dos ativos da Anglo American para explorar minério de ferro de altor teor na Serra da Serpentina, na zona rural de Conceição do Mato Dentro. A região concentra 4,3 bilhões de toneladas de minério.

Questionada sobre o assédio da BHP, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que a empresa espera que o acordo com a Anglo American seja cumprido e que a Vale monitora a situação.

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