As importações brasileiras de produtos de ferro fundido, ferro e aço atingiram a marca de US$ 2,69 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O valor representa um crescimento expressivo de 27,18% em relação ao mesmo período de 2024, evidenciando o avanço no volume adquirido, que chegou a 1,95 milhões de toneladas.
Apesar do aumento no volume e no valor total de importações, o preço médio por quilograma apresentou forte recuo: queda de 41,48% frente a 2023, refletindo diretamente na redução de 58,62% nos preços praticados na comparação com o primeiro trimestre do ano retrasado. O recuo está ligado a um cenário global de excesso de oferta e ao prolongado enfraquecimento do setor imobiliário na China, que já acumula dois anos de instabilidade.
China lidera as exportações do ferro e aço para o Brasil
O gigante asiático continua no topo da lista dos países que mais abastecem o mercado brasileiro nesse segmento, sendo responsável por 45,79% das importações nacionais, com um volume equivalente a US$ 1,14 bilhão apenas entre janeiro e março deste ano.
No panorama interno, São Paulo desponta como o maior comprador, com 25,87% das aquisições nacionais, seguido de perto por Santa Catarina (24,85%) e Rio de Janeiro (11,15%), que também têm papel relevante no consumo dos insumos.
Em 2024, o Brasil já havia registrado importações da ordem de US$ 10 bilhões em ferro e aço, o que correspondeu a um total de 6,93 milhões de toneladas. Entre os itens mais comprados do exterior, figuram parafusos, pinos, produtos semimanufaturados não ligados e laminados planos — elementos cruciais para a cadeia industrial e de construção.
