Existem benefícios e desvantagens em trabalhar como funcionário para uma empresa, e, nesse caso, a recíproca também é verdadeira. Ter um patrão ou ser dono do próprio negócio: eis a questão. Se por um lado a decisão de trabalhar para si mesmo deve ser clara, pois nessa opção o empreendedor deverá estar preparado para enfrentar dificuldades e superar obstáculos que certamente aparecerão, por outro, ser um profissional qualificado não é a única condição que as empresas procuram. Motivação e entusiasmo são características importantes para o trabalhador. É preciso estar bem com você mesmo para alcançar bom desempenho nas metas diárias.
A disposição para assumir riscos, a autoconfiança e a necessidade de realização são algumas características individuais que identificam o espírito empreendedor de um indivíduo.
Qualquer empreendedor que inicia o seu próprio negócio assume diversos riscos: financeiros com o próprio investimento de suas economias; familiares por envolver a família no negócio; risco do abandono do emprego e de uma carreira, enfim risco da possibilidade do fracasso no mundo dos negócios. Portanto, para assumir risco é preciso desenvolver uma importante habilidade: a autoconfiança. O autoconfiante enxerga os riscos e as dificuldades de construir um novo negócio, mas acredita em suas competências pessoais para superar os desafios. Já a necessidade da realização elevada em relação às outras pessoas é uma característica encontrada em diversos homens e mulheres de negócios que alcançaram o sucesso. Motivados pela realização, os empreendedores procuram a excelência, apreciam desafios e satisfazem-se com a sua prosperidade.
Já os profissionais, nesse mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, precisam se preocupar com suas características pessoais. Fortalecer suas qualidades e trabalhar suas dificuldades na área profissional será imprescindível para continuar no mercado. No entanto, apenas isso não será suficiente. As empresas, independente do tamanho ou segmento, procuram profissionais diferenciados e que tenham motivação, entusiasmo, iniciativa, criatividade, competência, capacidade de planejamento e, ainda, capacidade de trabalhar em equipe.
Finalmente, ser o próprio patrão não é garantia de sucesso, bem como ter um patrão não é sinônimo de fracasso. Uma visão de médio e longo prazo e uma avaliação das habilidades e competências pessoais poderá ajudar nessa decisão. No entanto, sempre é bom refletir: é melhor ser um bom empregado do que um mau patrão.
Reginaldo Calixto
Empresário, Administrador, ex-vice prefeito de Itabira e ex-presidente da ACITA.