No dia 28 de maio, o Brasil participará de um debate que exige preparo técnico, responsabilidade institucional e clareza de propósito: o Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos 2025, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). O MM Advocacia estará presente, lado a lado com o Cidades & Minerais, não apenas como participante, mas como parte ativa da cobertura e da reflexão sobre os desafios que se impõem ao setor mineral brasileiro.
Nossa participação se dá também no exercício contínuo de nosso papel como colunistas deste canal, que se tornou referência no acompanhamento atento das cidades mineradoras, das transformações políticas e das tensões que envolvem a cadeia produtiva da mineração no Brasil.
O país ocupa hoje posição estratégica na oferta global de minerais essenciais à transição energética e às tecnologias de baixo carbono. Elementos como lítio, nióbio, terras raras, potássio e grafita são agora recursos disputados internacionalmente por potências como Estados Unidos, China e União Europeia. São matérias-primas fundamentais para baterias, turbinas eólicas, veículos elétricos, semicondutores e fertilizantes. Essa condição de fornecedor potencial coloca o Brasil diante de uma oportunidade, mas também de uma grande responsabilidade.
A experiência histórica nos obriga à cautela. O modelo mineral brasileiro do passado concentrou benefícios em poucos polos econômicos, deixando para trás comunidades fragilizadas, biomas degradados e passivos irreparáveis. O novo ciclo que se desenha precisa, necessariamente, corrigir essa trajetória.
O Seminário chega em momento oportuno. Representantes de governos, empresas, universidades e da sociedade civil discutirão caminhos para alinhar competitividade internacional e compromisso ambiental. O MM Advocacia acredita que o setor jurídico tem um papel determinante na construção de uma governança robusta, que assegure segurança jurídica, proteção aos territórios e inclusão social. A comunicação responsável, como a praticada pelo Cidades & Minerais, é igualmente essencial para que a sociedade acompanhe e compreenda o que está em jogo.
O debate sobre minerais críticos não é apenas técnico. Ele envolve questões geopolíticas, ambientais, sociais e econômicas. Exige articulação entre marcos regulatórios, inovação tecnológica e fiscalização eficaz. Mais do que isso: requer a participação ativa das comunidades afetadas, transparência nos processos e rastreabilidade das cadeias produtivas.
Se o Brasil pretende liderar uma agenda mineral internacional, precisa fazê-lo com base em práticas sustentáveis, previsibilidade legal e compromisso com o desenvolvimento regional. Essa liderança não se constrói apenas com reservas abundantes, mas com escolhas bem fundamentadas.
Participar desse seminário é, para nós, um desdobramento natural do compromisso que mantemos com a advocacia especializada, com a integridade institucional e com a construção de um setor mineral mais justo e responsável.
Seguiremos contribuindo com esse debate por meio de nossa coluna e de nossa atuação técnica. E convidamos todos a acompanharem, em tempo real, a cobertura que faremos diretamente de Brasília, em parceria com o Cidades & Minerais. Ao longo dos próximos dias, traremos as análises e os bastidores de um evento que pode redefinir os rumos da mineração brasileira. Fiquem conosco!
