A cidade de Itabira, berço da Vale e da extração do minério de ferro no Brasil, irá completar na próxima segunda-feira, 9 de outubro, 175 anos de emancipação política e administrativa, idade oficialmente atribuída ao município pela administração municipal, embora historiadores apontem que na verdade serão 190 anos de emancipação completados (veja final do texto). Para celebrar a data, a Prefeitura divulgou uma ampla e inédita programação.
As atividades começam no sábado, 7 de outubro, e se encerram no próximo dia 15 deste mês, com atrações da 1ª Mostra de Arte Pública (Mapa). O conceito da festa, de acordo com a Prefeitura, priorizou ações para “promover o resgate da identidade, da autoestima e da noção de pertencimento da população”.
Outros destaques da celebração são a comemoração dos 160 anos da Banda Euterpe; exposição “Ita-bira: pedaços do tempo”; homenagem ao ex-prefeito Daniel Jardim de Grisolia e festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora do Rosário.
Na abertura da programação, no sábado, haverá a celebração à padroeira de Itabira, Nossa Senhora do Rosário, com concentração das Guardas de Marujos às 14h, no Largo do Batistinha, seguida de procissão até a Catedral. Logo após a missa das 17h acontecem apresentações culturais no adro da igreja.
A programação completa está no site da Prefeitura de Itabira.
Impacto visual
Uma das atrações que prometem gerar um grande impacto é a presença da Mostra de Arte Pública (Mapa). O festival criará um circuito de arte urbana com a participação de artistas renomados, como a itabirana Raquel Bolinho, criadora do personagem que ganhou as ruas de Belo Horizonte e outras cidades do Brasil, além de Eduardo Kobra, Zéh Palito, Mag Magela e o italiano Millo. As ações do Mapa são gratuitas. Saiba mais.
Controvérsia
Algumas personalidades marcantes em Itabira lançam dúvidas sobre a idade celebrada oficialmente pelo município. É o caso, por exemplo, do jornalista, historiador e ex-vereador por duas ocasiões, José Sana. Fundador da Itabira em Revista e revista DeFato, Sana aponta indícios de que a cidade esteja completando 190 anos de emancipação política, e não os 175 celebrados oficialmente.
Para sustentar a teoria, Sana cita pesquisas feitas por outros historiadores, como José Antônio Sampaio e Terezinha Fajardo Incerti, além de um estudo realizado pela professora e ex-presidente da Câmara Municipal de Itabira, Maria José Pandolfi. Os argumentos estão publicados em sua coluna, no site DeFatoonline.
José Sana também colaborou com a edição especial da Revista Cidades e Minerais, lançada em agosto. Saiba mais.