Dados estatísticos sobre violência contra a mulher foram divulgados pela Polícia Civil de Itabira nesta terça-feira (12), mostraram que, agora em 2023, foram registrados 845 casos até novembro, cinco a menos que no ano anterior, quando foram registradas 850 denúncias.
A cidade continua sendo motivo de preocupação em relação ao número de incidentes relatados.
Em 2020 e 2021, houve um total de 1.914 casos de violência contra a mulher, com 952 incidentes ocorridos no ano mais recente. Embora tenha havido uma ligeira diminuição dos incidentes durante este período, a média diária de reclamações permanece elevada em 2,7.
Pardas e negras foram as maiores vítimas da violência contra a mulher na cidade
A população feminina de Itabira é estimada em 59.470 habitantes e a incidência de violência é de 14,20. Em termos práticos, isto significa que 14 em cada 1.000 mulheres sofrem algum tipo de violência doméstica.
A pesquisa revelou ainda que as mulheres pardas (433) e negras (165) foram as maiores vítimas da violência contra a mulher na cidade, sendo a grande maioria dos ataques perpetrados por ex-cônjuges ou ex-companheiros.
Abril e outubro de 2023 foram os meses mais violentos da cidade, com um total de 88 casos. A diferença é que as principais reclamações foram por ameaças, totalizando 258 ocorrências, seguidas de 189 casos de danos pessoais.
O principal autor continuou sendo o cônjuge ou companheiro, com 566 casos, seguido pelo ex-cônjuge ou ex-companheiro, com 458 casos. A violência física liderou a lista com 692 casos, seguida de perto pela violência psicológica com 600 casos.