A Prefeitura de Itabira emitiu um comunicado para alertar que a cidade está em situação de risco de surto das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O novo Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 15 e 19 de maio, em todo o município, apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) é de 5,2%. Isso significa que foram encontrados altos índices de larvas do mosquito nos bairros da cidade.
De acordo com a nota, a situação é bastante preocupante, já que o Ministério da Saúde (MS) classifica como satisfatórios os índices inferiores a 1%; de 1% a 3,9%, significam situação de alerta; e índices superiores a 4% representam risco de surto.
“O cenário em Itabira hoje inspira bastante cuidado e deixa todos em alerta, pois estamos com alto risco para um surto de contaminação pelas arboviroses. Temos que redobrar nossa vigilância e contar, ainda mais, com a população para eliminar todo foco do mosquito”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade.
Preocupada com o cenário, a Prefeitura de Itabira decretou Situação de Emergência no município (Decreto nº 3.617/23). O órgão mantém intenso o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) e comunicou a abertura de um processo seletivo simplificado para a contratação imediata de mais profissionais para combater o Aedes aegypti.
Monitoramento
O Liraa é feito por meio de um programa do Ministério da Saúde que sorteia os bairros, quarteirões e imóveis a serem visitados. O método utilizado é a amostragem. Foram vistoriados 1.874 imóveis na área urbana.
“Esses bairros são divididos em quatro estratos: destes, ¾ apresentarem risco de surto e ¼ estão em sinal de alerta. Assim, todo o município de Itabira deve estar atento para a eliminação dos focos do Aedes aegypti”, explicou a superintendente.
O levantamento apontou ainda que mais de 83% dos focos estão nos domicílios e peridomicílios. O Liraa realizado em maio também mensurou a situação dos criadouros do Aedes aegypti em Itabira, concluindo que os focos domiciliares foram os maiores responsáveis pelo aumento do índice médio de infestação.
Os recipientes onde foram encontrados a maiores incidências de focos foram: bebedouros e vasos de plantas (43,1%); recipientes plásticos, latas e baldes (22%); e canaletas e sanitários em desuso (14,7%).
Bairros com maiores números de notificações:
1) Gabiroba (62%)
2) Bela Vista (21%)
3) Eldorado (19%)
4) São Pedro (10%)
5) Praia (23%)
6) Colina da Praia (14%)
7) Nova Vista (6%)
8) Amazonas (10%)
9) Nossa Senhora das Oliveiras (4%)
10) Major Lage (13%)