Brasil entra no top 3 mundial em reservas de terras raras e mira liderança global

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O Brasil está se firmando como uma potência estratégica na produção de terras raras, minerais indispensáveis para o avanço tecnológico global. Com a terceira maior reserva do mundo, ao lado da Rússia, o país desponta em um cenário dominado por gigantes como China e Vietnã. Embora a extração ainda seja modesta, projetos em desenvolvimento, como o da região de Buena, no Rio de Janeiro, indicam um caminho promissor para o aproveitamento comercial desses recursos.

Terras raras e o futuro da tecnologia brasileira

O interesse global pelas terras raras tem crescido rapidamente, especialmente por seu uso em equipamentos eletrônicos, turbinas eólicas, carros elétricos e sistemas de defesa. Esses minerais, apesar de não tão conhecidos do público geral, são fundamentais para o funcionamento de dispositivos modernos. O neodímio, por exemplo, utilizado em ímãs de alta performance, pode alcançar preços de até US$ 75 mil por tonelada — valor que ultrapassa em mais de 600 vezes o preço do minério de ferro.

Essa valorização coloca o Brasil em uma posição estratégica para atrair investimentos, fomentar novas tecnologias e ampliar sua presença no comércio global de matérias-primas críticas. A corrida internacional por independência tecnológica, especialmente em setores verdes e digitais, aumenta a relevância geopolítica das reservas brasileiras.

Projetos em andamento e o impacto no mercado

O projeto de Buena, que utiliza resíduos da monazita, um mineral rico em terras raras, é um exemplo da transição da pesquisa para a produção efetiva no Brasil. A expectativa é que iniciativas como essa sirvam de modelo para outros estados com potencial geológico semelhante, como Minas Gerais e Goiás.

Com as políticas certas, o país pode transformar suas reservas em fonte de inovação, geração de empregos qualificados e crescimento econômico sustentável. A consolidação do Brasil como fornecedor estratégico de terras raras também pode reduzir a dependência global da China, hoje responsável por cerca de 70% da oferta mundial desses minerais.

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