Mesmo com aço brasileiro em crise, ArcelorMittal assegura investimentos de R$ 25 bilhões até 2027

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Mesmo com o mercado do aço brasileiro pressionado pelas importações do produto da China e do anúncio de paralisação de parte da sua produção, a ArcelorMittal assegurou que não vai reduzir os investimentos previstos nos próximos anos. A maior produtora de aço do Brasil prevê investir R$ 25 bilhões no país até 2027, o que envolve as operações da unidade de João Monlevade.

Pondo fim a especulações, a afirmação foi dada pelo presidente da companhia, Jefferson de Paula, em entrevista ao Programa IM Bussines, do portal Infomoney. “Nós estamos há 101 anos no Brasil e seguimos acreditando no país. Temos grandes oportunidades em saneamento e infraestrutura, que precisam sair do papel. Os problemas conjunturais sempre passam e nós, como líderes de mercado, temos que puxar as iniciativas”

A ArcelorMittal, no entanto, já recalculou suas estimativas para 2023 e espera fechar o ano com uma produção 1,3 milhão de toneladas menor na comparação com 2022. Na semana passada a companhia havia anunciado férias coletivas em três de suas plantas no país e diminuição na produção. Saiba mais.

Mesmo otimista, o presidente da ArcelorMittal – também presidente do Conselho Instituto Aço Brasil – lembra que o governo precisa fazer sua parte, principalmente na diminuição do chamado “custo Brasil”. Ele defende um aumento de tributação sobre o aço vindo da China dos atuais 10% para 25% por pelo menos um ano, até que o mercado se reequilibre.

De Paula disse que a demanda já chegou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estuda o pedido: “Nós queremos estar nas mesmas condições de Estados Unidos, União Europeia e México [países que aplicaram tributação semelhante]. Nós acreditamos e defendemos o livre comércio, mas ele precisa ser justo. Não dá para sermos bonzinhos do nosso lado enquanto o outro lado trabalha com subsídios”, explicou.

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Embora otimista, Jefferson De Paula recomenda que tarifas sobre importação do aço seja revista

ArcelorMittal vê distorção no mercado com aço chinês

Entre janeiro e setembro de 2023, as importações de aço da China dispararam 58% no acumulado do ano até setembro, enquanto a produção nacional caiu 8,4%; as vendas, 5,4%; e as exportações, 4,4%, segundo estimativas do setor. A previsão é de que a entrada de aço chinês no país cresça 50% em 2023 em relação ao ano passado, para 5 milhões de toneladas, ou 25% do consumo anual de aço no país (20 milhões de toneladas).

O presidente da ArcelorMittal Brasil diz que tal cenário gerou uma distorção de mercado, porque as siderúrgicas chinesas são estatais e recebem subsídios. “Com isso, elas vendem com margem negativa para continuar gerando emprego”, analisa De Paula.

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