Em alusão à Semana Mundial do Meio Ambiente, o CidadesMineradoras.com.br mostra um trabalho realizado em Itabira de mais uma solução sustentável para o meio ambiente: as fossas biodigestoras. O município investiu cerca de R$ 1,5 milhão na instalação de 297 unidades do equipamento em áreas rurais.
O trabalho interssetorial, desenvolvido pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e parceiros, leva saneamento básico às comunidades, melhorando a qualidade de vida da população.
As fossas foram instaladas gratuitamente, entre março de 2022 e abril de 2023, nas comunidades de Areias, Biboca, Bateias, Cabral, Jambreiro, Boa Esperança, Palmital e Turvo. A ação faz parte do Programa de Saneamento Rural – Desenvolvendo Comunidades.
As famílias atendidas foram definidas com base em um estudo feito pelo Saae, no qual foram analisadas a situação atual da captação, tratamento e distribuição de água. Também foram considerados tratamento e a destinação do esgoto doméstico.
“Além de proteger rios e outros mananciais do despejo de dejetos domésticos, o programa almeja também a proteção da saúde pública e a qualidade ambiental para toda a região contemplada”, explica a diretora-presidente do Saae de Itabira, Karina Rocha Lobo.
O biodigestor
Uma das vantagens da fossa séptica biodigestora é o aproveitamento do esgoto tratado na agricultura, como forma de reuso de água e de compostos orgânicos e inorgânicos (nitrogênio, fósforo, potássio etc). Eles são absorvidos pelas plantas no seu processo de crescimento.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), do ponto de vista ambiental, trata-se de uma ótima solução por evitar o uso excessivo de fertilizantes químicos comerciais e ainda proteger o meio ambiente. Em uma casa com cinco pessoas, a fossa séptica produzirá em torno de 90 litros de biofertilizante por dia.