A força da mineração brasileira ficou ainda mais evidente nos primeiros três meses de 2025. O setor foi responsável por um superávit de US$ 7,68 bilhões na balança comercial do país, o que representa 77% do total de US$ 9,98 bilhões registrados no período. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), mostram um avanço significativo frente aos 47% de participação que o setor teve ao longo de todo o ano anterior.
Mesmo com queda nas exportações, arrecadação e faturamento da mineração crescem
Apesar de uma retração de 13% no valor das exportações de minérios, causada sobretudo pela oscilação nos preços internacionais do minério de ferro, a mineração faturou R$ 73,8 bilhões entre janeiro e março — um crescimento de 8,6% em comparação ao mesmo intervalo de 2024. O minério de ferro, que continua sendo o principal produto exportado, gerou R$ 38,8 bilhões, mesmo com queda de 12% na comparação anual.
A arrecadação de tributos subiu 8%, totalizando R$ 25,5 bilhões, enquanto o número de empregos diretos no setor chegou a 223 mil, com a criação de mais de 2 mil novas vagas no início do ano.
Minas Gerais, Pará e Bahia lideraram em faturamento, com R$ 29,8 bilhões (40%), R$ 24,5 bilhões (33%) e R$ 4 bilhões (5%), respectivamente. A Bahia se destacou com aumento expressivo de 61%, enquanto Goiás e Mato Grosso também apresentaram altas de 58% e 60%, respectivamente. Já o Pará teve leve retração de 2%.
Entre os produtos da mineração que mais cresceram em faturamento, o ouro teve desempenho surpreendente: mais que dobrou a receita, saltando de R$ 4,6 bilhões para R$ 9,3 bilhões (alta de 101%). O cobre registrou aumento de 68%, com R$ 8 bilhões, e a bauxita cresceu 21%, chegando a R$ 1,58 bilhão.