Por meio de um comunicado, a St George Mining Limited informou nesta semana a aquisição do Projeto Araxá de nióbio e elementos de terras raras de alto teor no Brasil.  A decisão foi tomada conforme os resultados da Assembleia Geral realizada na última terça-feira (8), a qual inclui uma série de resoluções sobre o projeto planejado de mina e planta de extração de nióbio e terras-raras com potencial de desenvolvimento.

A expectativa é que o empreendimento resulte em uma capacidade inicial de produção de 20 mil toneladas por ano, sendo 5 mil toneladas de produtos de nióbio e 15 mil  toneladas de óxidos de óxidos de terras-raras.

De acordo com a empresa, todas as deliberações tomadas sobre a aquisição na Assembleia Geral foram aprovadas por unanimidade pelos acionistas. A St. George, agora, irá finalizar os trâmites para a conclusão da aquisição do Projeto Araxá.

“Estamos muito satisfeitos com o apoio dos acionistas para a aquisição do Projeto Araxá. O projeto está localizado no polo mundial para a produção de nióbio e representa uma plataforma para tornar a companhia St George uma participante global no mercado de nióbio. Essa é uma excelente oportunidade para criar valor para os acionistas no longo prazo. Estamos ansiosos para iniciar os trabalhos”, disse John Prineas, presidente executivo do conselho da St George Mining.

O projeto Araxá

O ativo em questão está localizado na região do Alto Paraíaba, em Araxá, como o nome do projeto sugere, em área de 226 ha adjacente à operação da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). A CBMM ja é líder do mercado de nióbio e responde por cerca de 80% da produção mundial.

Conforme informações de mercado, a mineradora australiana fechou acordo para comprar 100% do ativo. Pela venda, a americana produtora de fosfato e fertilizantes especiais Itafos Inc. receberá US$ 21 milhões, além de ações que totalizam 10% do capital social da ST George. Até o próximo dia 3 de novembro a transação ainda estará sujeita à conclusão ou renúncia de condições.

Equipe executiva da St George Mining

Para a execução do Projeto Araxá a St George forma uma equipe de executivos no Brasil, Veja os nomes e experiências divulgados pela empresa:

Adolfo Sachsida – Assessor da diretoria. Ex-ministro de Minas e Energia do Brasil (2022), ex-secretário-chefe de assuntos econômicos do Ministério da Economia e ex-secretário de política econômica do Ministério da Economia.

Thiago Amaral – Diretor de ESG e desenvolvimento técnico. Engenheiro, com 17 anos de experiência na CBMM (a maior produtora de nióbio do mundo). Ocupou cargos de liderança, tais como: gerente de sustentabilidade (incluindo licenciamento e gestão de ESG), coordenador de qualidade global e regulamentação de produtos.  O executivo acumula experiência em negociações internacionais, com destaque para as vendas para o mercado chinês.

Adriano Rios – Consultor de operações de mineração. Engenheiro com 24 anos de experiência na CBMM. Foi gerente de produção, ocasião na qual foi responsável pelo planejamento, gerenciamento e monitoramento das unidades de processamento mineral e metalurgica. Também atuou como Diretor da COMIPA, uma joint venture entre a CBMM e a CODEMIG (uma agência do Estado de Minas Gerais) que cuida de toda a mineração de nióbio.

Equipe em Perth

No escritório em Perth, na Austrália, a equipe brasileira inclui o geólogo brasileiro de exploração Wanderly Basso, que tem ampla experiência em atividades de exploração mineral. A equipe também tem Cauê Araujo, no cargo de diretor de Desenvolvimento Corporativo. Geólogo e executivo de negócios com mais de 20 anos de experiência, o profissional tem seu currículo o cargo de CEO da Oceana Lithium, gerente global de mine finance na Palaris, sócio e diretor regional de investimento e planejamento de negócios na Hatch em Perth (Advisory) e a gerência geral no Brasil na SRK Consulting.

*modificado em 14/10/2024 para correção de valores da produção.