Um dos mais famosos cartões postais de Minas Gerais, a Serra do Caraça completa, nesta terça-feira (1), 21 dias de fogo na Reserva de Patrimônio Particular Natural (RPPN). Importante remanescente de Mata Atlântica, a área até então preservada, está localizada no quadrilátero ferrífero, entre os municípios minerados de Catas Altas e Santa Bárbara.
O Corpo de Bombeiros atua em várias frentes, em locais de difícil acesso, e desde então a reserva permanece fechada para turistas. A corporação conta no local com 22 bombeiros militares e oito brigadistas combatendo chamas. A principal área de atuação até esta segunda-feira (30) era a região conhecida como Belchior, onde eram realizados trabalhos de rescaldo. Os brigadistas também monitoram outros pontos, como as regiões de Campos de Fora e Pico do Sol.
O Caraça
A RPPN do Caraça é bastante visitada por abrigar cachoeiras e uma variedade de espécies de plantas e animais, entre elas o icônico Lobo Guará, que já consta na lista vermelha de animais em risco de extinção, segundo o Ibama.
Já o Santuário do Caraça, formado pelo templo de arquitetura neogótica, uma pousada aconchegante, biblioteca, entre outros espaços que mararam a existência do histórico seminário católico, continua funcionando normalmente.
Mais fogo
Os Bombeiros ainda trabalham em outras sete unidades de conservação de Minas Gerais. Entre elas, a Serra da Piedade, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, não muito distante do Caraça. Próximo à Basílica, 19 militares atuam no combate a focos de incêndio e realizam rescaldo em áreas próximas à MG-435.
A baixa umidade relativa do ar e a vegetação seca dificultam o trabalho dos brigadistas. Não há previsão de chuva para a região nos próximos dias, de acordo com o Climatempo.
Provocar incêndio florestal é crime
A atual legislação prevê prisão de dois a quatro anos a quem colocar fogo em floresta ou em outras formas de vegetação. No Congresso Nacional estão tramitando propostas para aumentar as penas a quem comete esse tipo de crime.