Dia desses ao ver um carro forte tentei, mais uma vez, enxergar além do olhar. O dinheiro que este veículo transporta em breve não existirá mais. Com o avanço da tecnologia, especialmente as ligadas aos telefones celulares e aos cartões, em poucos anos as cédulas e moedas serão praticamente extintas. Elas têm custos elevados de produção, embalagem, armazenamento, transporte e segurança, que são arcados por empresas, pessoas e governos – além de ser pouco higiênico e facilitar operações ilícitas.
O que me preocupa são os empregos que deixarão de existir na cadeia produtiva do dinheiro em espécie. Não existirão mais produção de carros fortes, oficinas de manutenção, pneus, os motoristas dos carros blindados e outros. Sabe aquele guarda do carro forte na porta da lotérica? Não terá mais essa função. O pessoal da Casa da Moeda que produz o dinheiro e, em breve, a própria casa lotérica na foto, também deixarão de existir. Sabe a Caixa Econômica Federal, que tanto maltrata seus clientes que ficam na fila durante horas em pé debaixo de sol e chuva? Ela não será mais como é hoje.
Enfim, qual será o impacto no mercado de trabalho com todas essas mudanças? Será que as empresas e cidadãos estão preparados, se planejando para estas inevitáveis mudanças?
Reginaldo Calixto
Empresário, Administrador, ex-vice prefeito de Itabira e ex-presidente da ACITA.