A Agência Nacional de Mineração (ANM) realizou uma vistoria na Mina de Fábrica, da Vale, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. A visita começolu ontem e seguiu nesta terça-feira (9) para verificar o resultado das ações realizadas pela mineradora para tratar a anomalia encontrada na barragem Forquilhas III. A estrutura, de 77 metros de altura, armazena 19,4 milhões de metros cúbicos de rejeitos e está em processo de descaracterização, com previsão de conclusão em 2035.
Um sobrevoo de um helicóptero da TV Globo na área, na tarde dessa segunda-feira (8), mostrou que a ANM realiza o trabalho em parceria com outros órgãos públicos. Uma nota técnica elaborada pela consultoria Aecom informa que o dreno apresenta histórico de saída de material ao longo dos anos, mas a ocorrência atual “é inédita no sentido de que o material observado é distinto do verificado nas ocasiões anteriores, tratando-se, claramente, de material que contém minério de ferro em fração muito fina”.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a anomalia foi classificada pela própria Vale com a pontuação 10, “a mais grave possível”. O órgão recomendou à mineradora que mantenha a população informada, “de forma verídica, tempestiva e completa”, sobre os riscos e condições de segurança de Forquilhas III.
Vale assegura que não há riscos para a população
A Vale informou que a anomalia foi encontrada em apenas um dos 131 dispositivos de drenagem da barragem e que os instrumentos de monitoramento não acusaram alteração nas condições da estrutura, monitorada 24 horas por dia.
Ainda conforme informado pela mineradora, a Zona de Autossalvamento (ZAS) está evacuada desde 2019 e que, em 2021, foi concluída a construção de uma estrutura de contenção capaz de reter os rejeitos, em caso de rompimento. As informações são do G1.