De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi registrada a 3° menor marca para o mês de janeiro desde o ano de 2015. Leia a matéria a seguir e saiba mais.
As informações foram recolhidas pelo Deter, um levantamento de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, pertencente ao Inpe. De acordo com o Deter, 98,2 km² da Amazônia foram desmatados até 20 de janeiro deste ano. O número é superior apenas ao que foi registrado em 2017 e 2021. O levantamento é realizado por meio do Sistema de Alerta de Desmatamento, o SAD. As áreas são monitoradas e analisadas a partir de imagens de satélites, sensores e pesquisas.
Nos últimos 4 anos, o desmatamento atingiu recorde na Amazônia. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram desmatados 35.193km² entre 2019 e 2022. De acordo com os dados, 80% da área desmatada estava sob responsabilidade do Governo Federal, na época, representado por Jair Bolsonaro (PL).
Perspectivas para 2023
Uma projeção realizada pela PrevilA, setor de inteligência artificial da Imazon junto com a Microsoft e o Fundo Vale, o desmatamento da Amazônia pode chegar a 11.805km² se permanecer no ritmo dos últimos quatro anos. A área corresponde a quase dez vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
Uma das maiores preocupações envolvendo o desmatamento são as áreas protegidas da Amazônia. Atualmente, 653 áreas das 803 (entre terras indígenas e quilombolas e unidades de conservação) estão ameaçadas de devastação. Vale ressaltar que os principais fatores causadores do desmatamento são pecuária, extração de madeira ilegal, garimpo e agronegócio.
A gestão do novo governo, de Luiz Inácio Lula, promete novas políticas direcionadas à preservação da Amazônia. No entanto, a redução dos números depende de um conjunto de ações e políticas, como combate ao garimpo ilegal, fiscalização ambiental e proteção das áreas ameaçadas.