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CBMINA apresenta estudo que detalha exploração irregular de lavras de caulim no Nordeste

Foto: Reprodução - Alunos do IFRN e da UFCG desenvolveram pesquisa que apresenta dados sobre como a mineração do caulim vem sendo feita de forma predatória em territórios da Paraíba e do Rio Grande do Norte; Programação do CBMINA continua até esta quarta-feira (14)

 

Promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), continua nesta quarta-feira (13), em Belo Horizonte, a programação do 11ª Edição do Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA). O fórum é um dos mais tradicionais acontecimentos do setor, organizado em parceria com o Departamento de Engenharia de Minas da Universidade (Demin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Nesta terça-feira, primeiro dia da programação, pela manhã foram realizados painéis técnicos com especialistas de áreas relacionadas ao desenvolvimento de minas, como pesquisadores e representantes de entidades e mineradoras. Saiba mais.

À tarde houve a apresentação de trabalhos acadêmicos de instituições que ajudam a desenvolver a mineração no país. Um dos mais promissores foi do Técnico em Mineração do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Parelhas, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Com a temática Meio Ambiente, eles realizaram uma pesquisa sobre a prática da lavra ambiciosa, com foco na região onde moram.

Sob a coordenação do professor Defsson Douglas, a partir de elementos do Código de Mineração, abordaram a prática da mineração de caulim sem observar planos preestabelecidos, sejam econômicos ou ambientais, para obtenção da caulinita. Pequenas empresas e garimpeiros usualmente praticam esse modelo predatório de mineração na área temática do estudo, em territórios da Paraíba e Rio Grande do Norte.

Troca de conhecimento

O trabalho destaca o esforço das universidades e do próprio IFRN para reduzir os índices de informalidade nas lavras de caulim. A expectativa de alunos e professores é para que o estudo seja útil para ajudar a reduzir danos ao meio ambiente.

“Os alunos realizaram comparações entre os dados da região estudada com outras regiões que fazem a extração do caulim, traçando um retrato da realidade de sua região, mostrando como a fiscalização se torna mais eficaz onde a tecnologia está presente nos processos, reduzindo os índices de irregularidades e ilegalidades”, explica o professor.

A fundadora da Academia da Mineração, Marcela Tainã, destaca a importância da pesquisa e do cenário pesquisado pelos alunos: “Os meninos vieram de longe para apresentar e  o ensino técnico é fundamental no mercado. Eles e os professores estão de parabéns, porque a província em que trabalham tem uma enorme possibilidade de crescimento, com pegmatitos, lítio, caulim, muita coisa para ser pesquisada”.

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Marcela Tainã, Wanderson Modesto, Pedro Daniel e Defsson Douglas participam do CBMINA, em Belo Horizonte

“Está sendo uma sensação única, nunca esperei estar aqui, neste momento. Vamos aproveitar esse congresso, com muito conhecimento técnico, acadêmico e profissional”, comemora Pedro Daniel Cordeiro de Araújo, aluno do IFRN. “Como técnicos, ainda no início de uma carreira no setor mineral, é importante já ter essa participação, ter essa networking, essa troca de conhecimento, com a gente podendo mostrar um pouco do que desenvolve na nossa região. Essa pequena participação é de grande valia para a gente mostrar um pouco do que sabe e a realidade do Nordeste”, complementa Wanderson da Silva Modesto, aluno UFCG.

Além de Wanderson e Pedro Daniel, também fizeram parte da pesquisa “Avaliação de operações de lavra de caulim do Seridó Paraibano e Potiguar visando a caracterização da lavra ambiciosa” os alunos Joseane Edna Soares de Medeiros Lucena, também do IFRN, e Vinícius Rewel do Nascimento Cordeiro, da UFCG.

A 11ª Edição do CBMINA tem a cobertura do CidadesMineradoras.com.br, em parceria com a MM Advocacia Minerária. O evento vai até esta quarta-feira (14) e a programação completa da está no link.

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