No século XXVIII, o percurso tradicional passou a ser inviável para o escoamento do ouro. Na década de 1720, o “Caminho Novo” foi criado para substituir o “Caminho Velho.”
O “Caminho Novo” foi uma nova rota criada pelo filho de um famoso bandeirante da época. O objetivo de traçar esse novo percurso era otimizar o tempo e tornar a trajetória mais segura. A viagem feita pelo Caminho Velho durava cerca de 60 dias cansativos passando por serras e matas fechadas e haviam constantes saqueamentos no caminho.
A oficialização do Caminho Novo pela coroa portuguesa ocorreu em 1725. A nova rota visava trocar o porto de Paraty pelo porto do Rio de Janeiro. Formada por 515 quilômetros de extensão, a viagem durava cerca de 35 dias.
No entanto, a decisão de substituir a rota tradicional gerou muita revolta para a população de Paraty. Isso porque escoamento do ouro no porto da cidade movimentava a economia local e dava prestígio à cidade. O esquema de registro e cobrança de impostos sobre o ouro e as pedras preciosas continuava o mesmo. Ainda assim, os caminhos clandestinos e o contrabando continuavam em grandes proporções.
As cidades que formavam a nova rota eram: Ouro Preto, Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, Santana dos Montes, Barbacena, Santos Dumont, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Paraíba do Sul, Petrópolis e Rio de Janeiro.
A coroa portuguesa utilizou o Caminho Novo até o fim do ciclo do ouro e dos diamantes na região de Minas Gerais. Há alguns anos, a Estrada Real tornou-se objeto de estudo e redescoberta. Após o processo de revitalização, o caminho tornou-se uma referência turística com grande riqueza histórica e cultural.
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