O Brasil registrou em 2024 um consumo inédito de 1,8 milhão de toneladas de alumínio, refletindo uma alta de 13,5% em relação ao ano anterior. Grande parte desse avanço vem da força da construção civil, que se firmou como o principal consumidor do metal, com 21,9% da demanda total – o equivalente a 332 mil toneladas. Esse desempenho marca uma virada significativa para o setor, que em 2023 representava apenas 9,8% do uso nacional.
Construção mais sustentável impulsiona demanda de alumínio
A crescente valorização por projetos sustentáveis está mudando o perfil das obras no Brasil. Materiais como o alumínio ganham protagonismo em edificações que priorizam eficiência energética e durabilidade. Leve, resistente à corrosão e com excelente desempenho térmico, o metal tem sido amplamente utilizado em fachadas, esquadrias e sistemas de ventilação, consolidando-se como peça-chave da arquitetura moderna e ecologicamente consciente.
Além disso, políticas de incentivo como a ampliação do crédito imobiliário e a retomada de empreendimentos financiados por programas como FGTS e SBPE contribuíram para esse novo ciclo de crescimento.
Projeção de alta continua para 2025
Com a demanda aquecida também em setores como eletricidade e transportes, a perspectiva para 2025 segue positiva. A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) projeta uma expansão adicional de 4,1% no consumo doméstico, consolidando o alumínio como pilar fundamental para uma economia mais sustentável e tecnológica.
“A trajetória de crescimento do alumínio mostra como o setor está alinhado com os desafios ambientais e a inovação industrial. Estamos preparados para continuar atendendo essa demanda com eficiência e responsabilidade”, afirmou Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL.