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Siderúrgicas de Sete Lagoas param por 12 horas e deixam de produzir 2,5 mil toneladas de ferro-gusa

Imagem: Freepix - Mais de 2 mil toneladas deixarão de ser produzidas em Minas com paralisação de siderúrgicas nesta terça-feira. Empresários alertam para crise no setor e riscos ao emprego em Sete Lagoas e cidades vizinhas

Nesta terça-feira (3), siderúrgicas de Sete Lagoas e região interromperão suas atividades por 12 horas, das 6h às 18h, em um movimento coordenado por empresários do setor para chamar a atenção do país para a grave situação enfrentada pela indústria siderúrgica nacional. A paralisação afetará diretamente a produção de aproximadamente 2,5 mil toneladas de ferro-gusa, insumo essencial na cadeia do aço.

A mobilização não conta com lideranças sindicais ou políticas — trata-se de uma iniciativa espontânea dos próprios empresários, segundo Willian Reis, nome conhecido no setor siderúrgico da região. Ele ressalta que o objetivo é alertar para os desafios que ameaçam a continuidade das atividades e a manutenção de milhares de empregos.

Concorrência externa, alta de impostos e tarifas internacionais acendem sinal de alerta nas siderúrgicas nacionais

O setor de siderúrgicas vem enfrentando uma combinação preocupante de fatores: concorrência cada vez mais agressiva de produtos importados, custos elevados de financiamento devido aos juros altos, além de medidas recentes anunciadas pelos Estados Unidos que impõem tarifas sobre o aço e alumínio brasileiros. Soma-se a isso a elevação do IOF, agravando ainda mais o ambiente para os empresários do setor.

Só em Sete Lagoas, cerca de 5 mil empregos diretos estão ligados às 23 empresas siderúrgicas que operam na cidade. “É um cenário muito delicado. Segurar os postos de trabalho com essa pressão toda se tornou um desafio enorme”, afirma Reis. Ele destaca que o movimento é uma forma de dar visibilidade à realidade enfrentada pelas empresas que sustentam boa parte da economia local.

Além de Sete Lagoas, municípios como Itaúna e Divinópolis, também grandes polos da produção de ferro-gusa em Minas Gerais, acompanham com preocupação os desdobramentos do atual cenário econômico.

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