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Ibram destaca posição privilegiada do Brasil em 2024 para suprir demanda por minerais críticos e estratégicos

Foto: Divulgação - Instituição vem participando de eventos para esclarecer como o país pode ser protagonista da transição energética; Ibram vê demanda crescente como excelente oportunidade

 

O  Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou, nesta segunda-feira (12), a participação da entidade em eventos voltados para o debate acerca dos minierais críticos e estratégios. O instituto considera que o Brasil está diante de uma “excelente oportunidade” para se posicionar como liderança no suprimento global na exploração desses minerais, elementos cuja a demanda é crescente no mundo.

Os minerias são considerados de fundamental importância para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos que promovam a descarbonização da indústria. Para o Ibram, “se o país decidir por aperfeiçoar o arcabouço regulatório, entre outras medidas para tornar a indústria brasileira de mineração mais competitiva, o incremento na atividade irá proporcionar melhores condições para o fomento ao desenvolvimento sustentável”.

Tal posicionamento foi apresentado pelo diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, na mesa de debates organizada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), no Rio de Janeiro. Também participaram do debate Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, e Rafaela Guedes, Sênior Fellow do CEBRI. O evento teve como tema a pergunta: “O Brasil pode ser um parceiro preferencial na provisão de minerais críticos e estratégicos e no desenvolvimento de suas cadeias produtivas?”.

A resposta de Jungmann foi sim. Ele acredita que expandir a produção de minerais essenciais para a humanidade solucionar suas principais questões, a exemplo da emergência climática, qualifica o país a incrementar seu comércio exterior com todos os continentes, já que as demais nações estão ávidas por assegurar o suprimento desses minérios.

Palestras do Ibram

Na sexta-feira (8), Raul Jungmann apresentou palestra na 1ª reunião do Núcleo de Estudos Avançados em Transição Energética (Neate), da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (foto), sobre o tema “Perspectivas dos setores público e privado sobre políticas industriais net-zero”.

Já na última quinta-feira (7), o diretor presidente havia ministrado palestra sobre o tema em São Paulo, durante um workshop para jornalistas organizado pela multinacional norueguesa Hydro, empresa que controla as maiores operações de alumina e alumínio primário no Brasil. O evento também contou também com a participação de Anderson Baranov, CEO da Hydro, e Janaina Donas, presidente-executiva da Associação de Alumínio (ABAL).

“O maior desafio que a humanidade enfrenta é exatamente a questão da transição para uma economia de baixo carbono. Não há possibilidade desta transição acontecer sem os minerais críticos, como o alumínio, o nióbio, o lítio, o tântalo e as terras raras. O Brasil possui um potencial imenso para produzir esses minerais”, destacou Raul Jungmann.

Mercado de minerais críticos e estratégicos

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado de minerais críticos para a transição energética era avaliado em US$ 320 bilhões em 2023, com projeções para atingir US$1,1 trilhão até 2030.

Raul Jungmann acredita que esses minerais podem ser um “passaporte para o futuro do Brasil”, mas lembra que só será possível aproveitar a oportunidade se o país desenvolver uma política nacional voltada para estimular a produção desses minerais em larga escala.

O diretor presidente do Ibram destacou que a indústria mineral está cada vez mais integrada às dinâmicas ESG (Ambiental, Social e Governança), ajustando suas políticas para questões sustentáveis e sociais. Ele cita projetos sobre o tema desenvolvidos pelo Ministério de Minas e Energia e do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do qual o instituto participa. Clique e sabia mais.

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