Chegou ao fim, nesta semana, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), a qual ocorreu em Sharm El-Sheikh, no Egito e contou com a presença de 198 países.
O objetivo central da COP27 é firmar os compromissos e medidas de urgência no que diz respeito às questões climáticas no mundo, como redução da emissão de gases do efeito estufa, uso de energias renováveis e políticas de sustentabilidade.
Entre os assuntos abordados no evento, a transição energética, o agronegócio sustentável e o mercado de carbono foram os mais discutidos em função do agravamento dos problemas climáticos enfrentados atualmente.
Apesar da discussão, a COP 27 não consolidou os grandes acordos comerciais que eram esperados por alguns países. Sobre energias renováveis, a decisão foi de reduzir e não acabar com o uso do carvão. O gás natural foi um recurso energético definido como “energia de transição” e os investimentos no setor continuam altos, principalmente vindos da atividade mineradora.
Brasil na COP 27
O Brasil pautou discussões acerca de sustentabilidade e meio ambiente, principalmente, por causa da Amazônia e sua influência no clima mundial. Membros de comunidades indígenas, ambientalistas, membros de grandes empresas e equipes de governos estaduais e federais estiveram presentes para representar o Brasil. A Vale do Rio Doce, por exemplo, apresentou propostas de descarbonização e reflorestamento em seu processo mineral.
O presidente recém eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discursou ao final do evento. Lula definiu o momento atual como “tempos difíceis” e ressaltou a importância de colocar em prática os acordos feitos no papel. O presidente também falou sobre a necessidade de tornar recursos acessíveis para países em desenvolvimento e mais pobres a fim de que o mundo enfrente o desafio climático de forma coletiva. O discurso pode ser conferido, na íntegra, pelo YouTube.