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Rolezinho de motociclistas vira alvo de operação com apoio aéreo da PM em Minas Gerais

Foto: PMMG/ Divulgação - Centenas de ocorrências de infrações de trânsito e manobras perigosas foram registradas no estado na véspera do Natal; Rolezinho é recorrente no final do ano e simboliza protesto contra exclusão

 

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou nesta quarta-feira (27) em todo o estado uma operação especial para coibir as prática do “rolezinho” e do grau por motociclista.  A operação preventiva visa prevenir a perturbação do sossego e a segurança no trânsito, segundo a corporação.

De acordo com a PM, na véspera do Natal mais de 2 mil ocorrências foram registradas em Minas Gerais envolvendo manobras perigosas e barulho excessivo gerado por motociclistas pelas ruas. Ao todo, foram mais de 1500 motocicletas apreendidas. Saiba mais.

Por conta disso, o apoio aéreo e aumento de efetivo, com reforço de mais de 300 militares, serão destinados ao monitoramento de rodovias, vias públicas e aglomerados.

“Vamos fazer de tudo para frear essa prática criminosa no Estado. Sendo presas, essas pessoas vão prestar, perante a Justiça, os esclarecimentos cabíveis. Vamos combater essa modalidade com braço forte”, prometeu o diretor de operações da PMMG, Cel. Flávio Godinho.

O Código Brasileiro de Trânsito prevê multa de R$ 293,47, perda da habilitação e pena de até 3 anos de prisão para condutores que praticarem direção esportiva sem autorização em vias públicas. Confira o que diz o artigo 308 do CTB.

Sem Titulo 11 8
Corporação também aumentará efetivo nas ruas para coibir práticas ilegais

Motociclistas usam rolezinho para expressar revolta 

O autor do projeto de lei que instituiu Belo Horizonte na “capital do grau”, o deputado estadual Bim da Ambulância (Avante) explicou em entrevista ao Jornal O Tempo que o rolezinho de Natal sempre existiu e que ele representa um movimento de revolta. Ele classifica a atitude como “lamentável”, mas reconhece que ela reflete um movimento cultural pelo Brasil.

“Em um movimento, na sua maioria, periférico de chamar a atenção, mostrar a existência de uma forma de revolta, imagino eu, pela discriminação que essa turma sofre ao longo dos anos, pela exclusão e criminalização. Aí acabam generalizando todo e qualquer movimento deles, que encaro como liberdade de sentimento de descrença com as pessoas”, explicou o deputado.

“O que posso te dizer é que isso é movimento de revolta, pelas perseguições, pela forma com que são excluídos de todos os projetos, de todas as ações, sejam políticas e sociais ou até mesmo educacionais”, complementa.

Em Conceição do Mato Dentro, uma ambulância cedida pelo deputado a um evento de grau autorizado pela prefeitura foi apreendia por estar com pagamento de impostos em atraso. Na ocasião, a Polícia Militar realizou uma operação na porta do evento, gerando críticas pelos organizadores. Clique e relembre.

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