A Vale espera investir US$ 2,2 bilhões até 2027, em um esforço para acelerar a filtragem dos resíduos de minério de ferro de suas minas. A empresa inaugurou sua primeira fábrica em 2021, no Complexo Vargem Grande, em Itabirato, e no ano seguinte investiu US$ 305 milhões em Brucutu, Conceição (Itabira) e Cauê (Itabira).
Juntas, essas usinas são capazes de filtrar 60 milhões de toneladas de rejeitos (Mta) por ano, retirando a umidade do material para que ele seja depositado em pilhas de rejeitos, dispensando a necessidade de barragens de segurança.
Filtragem de rejeitos de minério de ferro já está com 90% de funcionamento em algumas unidades
Segundo a Vale, a planta de filtragem está em funcionamento (foto) e cerca de 90% da água retirada dos rejeitos é reaproveitada na cadeia produtiva do minério de ferro. As usinas, localizadas nas minas mais antigas do estado, necessitam de água para concentrar minérios com menor teor de ferro.
Além dos equipamentos de filtragem, a Vale utiliza processamento a seco, ou seja, aproveitando a umidade natural do minério de ferro, o que dispensa o uso de água durante o processamento e não gera resíduos.
A Vale também está instalando o primeiro concentrador magnético industrial no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima, tecnologia desenvolvida pela New Steel, subsidiária da Vale, desde 2018.
A planta tem capacidade de produção anual de 1,5 milhão de toneladas. Nas minas do estado, 54% da produção de minério de ferro de janeiro a setembro do ano passado foi produzida por processos a seco. No estado do Pará, onde a empresa também atua, o indicador atingiu 93%.