Em uma assembleia realizada na última sexta-feira (3), os funcionários das empresas Usiminas, Usiroll e Unigal, todas pertencentes ao mesmo grupo, aprovaram o estado de greve.
A convocação foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Siderúrgicas, Metalúrgicas e Mecânicas de Ipatinga e Região (Sindipa), com o objetivo de deliberar sobre a atual situação da Campanha Salarial de 2024/2025.
A votação ocorreu em duas sessões, e cerca de 75% dos trabalhadores presentes apoiaram a implementação do estado de greve.
Negociações e expectativa de solução entre Usiminas e sindicato
Uma nova rodada de negociações com a Usiminas foi agendada para a próxima segunda-feira (6), quando os representantes da empresa serão notificados sobre a insatisfação dos trabalhadores e a decisão tomada na assembleia. A reunião, que ocorrerá às 14h, será uma oportunidade para as partes discutirem a atual proposta salarial, que já havia sido rejeitada no último mês de dezembro. Magela destacou que, caso a proposta seja considerada insatisfatória, as negociações continuarão.
O principal motivo para a adoção do estado de greve é a insatisfação dos trabalhadores com o tempo que levou para que uma nova reunião fosse marcada. A última proposta da empresa, apresentada em dezembro de 2024, foi rejeitada pela categoria, gerando um clima de frustração e tensão. Para os metalúrgicos, a demora nas negociações e a falta de avanço nas propostas geraram um sentimento de descaso, o que contribuiu para a decisão de levar a questão ao estado de greve.
A Usiminas, por sua vez, afirmou em nota que está mantendo o diálogo com os representantes dos trabalhadores e que busca uma proposta que esteja alinhada à realidade financeira da empresa e ao mercado do aço, mas que também atenda às necessidades dos metalúrgicos.
A situação permanece em alerta, e a reunião de segunda-feira será crucial para definir os próximos passos no processo de negociação entre os trabalhadores e a empresa.