Seminário realizado pelo Ibram debate descarbonização nos processos da mineração

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O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) promoveu, na tarde dessa terça-feira (3), no Rio de Janeiro, a 6ª edição do Seminário de Descarbonização das Indústrias de Base: Indústria Mineral. O evento é fruto de uma parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e a Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e debateu a agenda de oportunidades de descarbonização da produção mineral.

O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, destacou as ações em prol da agenda de descarbonização e o planejamento estratégico da indústria mineral em termos de ESG. Jungmann lembrou que o Instituto iniciou o 3º Inventário de Gases e Efeito Estufa do setor.

“Estamos chegando à terceira rodada de apuração do nível de emissões. Fizemos uma primeira em 2008, com 10 minerais analisados e uma segunda em 2013, com análise de 16 tipologias. O resultado foi que o setor é responsável por aproximadamente 0,5% das emissões do país”, comentou o diretor-presidente do Ibram.

Jungmann também destacou preocupações do setor quanto às políticas públicas que estão em tramitação sobre o projeto de lei referente ao Mercado Regulado de Carbono. O diretor chamou a atenção para três pontos, em especial: os limites de emissões estabelecidos para as empresas reportarem, considerados muito baixos; as penalidades estabelecidas, que se afastam do conceito do mercado de carbono, sendo similares às penalidades ambientais; e a governança do setor regulado participando junto ao governo.

Processo Produtivo da Mineração

Um dos destaques do evento foi a apresentação do  painel “Processo Produtivo da Mineração”. Por meio dele, o diretor de Assuntos Associativos e Mudança do Clima do Ibram, Alexandre Mello, enfatizou as possíveis possibilidades de descarbonização e mitigação na indústria mineral.

“Temos grandes oportunidades no transporte, seja no despacho dos minerais ou nas movimentações internas da própria atividade; nas plantas industriais e no beneficiamento; e em um terceiro ponto: o setor mineral preserva e cultiva várias florestas nativas e plantadas e isso tem um grande potencial de remoção de CO₂ que deve ser contabilizado na equação final do setor”, explicou Mello.

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