Seis meses após a homologação do Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os primeiros resultados concretos começam a ganhar forma. Em um evento realizado nesta sexta-feira (23/5), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e a Samarco reuniram representantes de diversos setores no auditório da FIEMG, em Belo Horizonte, para apresentar os avanços obtidos a partir do compromisso firmado com os entes públicos.
Primeiros bilhões aplicados mostram que a reparação da Bacia do Rio Doce já é realidade
De acordo com os dados apresentados, R$ 10 bilhões já foram destinados a iniciativas de reparação ambiental, social e econômica. Além disso, R$ 1,4 bilhão foi pago em indenizações individuais e auxílios até maio de 2025. Esses valores fazem parte de um montante total de R$ 170 bilhões, que devem ser aplicados ao longo do tempo em ações previstas pelo acordo assinado entre a Samarco, Vale, BHP Brasil, União, governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de Ministérios Públicos, Defensorias e outros órgãos.
O encontro teve como foco mostrar que o acordo não é apenas um documento formal, mas uma ferramenta prática de transformação e reparação, com diretrizes que envolvem desde o meio ambiente até o apoio direto às comunidades atingidas. O evento contou com a presença de autoridades estaduais, representantes de secretarias, sindicatos, entidades de classe e membros da comunidade internacional.
A iniciativa reafirma o compromisso de garantir a continuidade das ações, promovendo justiça, reconstrução e sustentabilidade para os territórios impactados pelo rompimento da barragem em Mariana (2015), considerado um dos maiores desastres socioambientais do país.