A Mineração Morro do Ipê vai destinar R$ 200 milhões ao programa de descaracterização de barragens localizadas no complexo minerário da empresa, situado entre os municípios de Brumadinho, São Joaquim de Bicas e Igarapé, na região da Serra Azul. As três estruturas de rejeitos existentes no local estão inativas e consideradas estáveis.
As obras da primeira barragem, a B2 Tico-Tico, já foram iniciadas, com previsão de conclusão em até dois anos. Para dar início às intervenções nas barragens B1 Ipê e B1 Auxiliar, a mineradora ainda depende da obtenção de licenças ambientais. A expectativa é que os trabalhos comecem entre o fim de 2025 e o início de 2026.
Tecnologia da Mineração Morro do Ipê substitui barragens e amplia reaproveitamento de recursos
Desde 2018, a Morro do Ipê não utiliza mais barragens em suas operações. No lugar delas, a empresa adotou um sistema de filtragem que separa os resíduos líquidos dos sólidos, permitindo que a água seja reaproveitada no processo produtivo e o rejeito seco seja destinado a pilhas de estéril. A iniciativa eliminou a necessidade de novas estruturas de contenção.
O reaproveitamento de água no complexo ultrapassa hoje os 85%, segundo a mineradora. Além disso, os resíduos gerados já vêm sendo utilizados em ações sustentáveis dentro da própria operação, como a produção de blocos utilizados para pavimentação de áreas internas. A empresa também afirma que segue pesquisando novos usos para os rejeitos, em busca de ampliar as soluções sustentáveis no setor.