Circulou recentemente a informação de que uma empresa chinesa teria adquirido a maior reserva de urânio do Brasil. No entanto, essa informação é falsa. O que foi, de fato, adquirido foi uma mina de estanho, e não uma mina de urânio.
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal responsável pela regulamentação de atividades relacionadas ao urânio no país, esclareceu que o local não possui produção de urânio, apenas uma estimativa de recursos potenciais, ainda não comprovada.
Urânio no Brasil: Monopólio da União e Produção Exclusiva com Parceria da INB
A INB destaca que, no Brasil, a produção de urânio e seus derivados só pode ocorrer em parceria com a estatal. A legislação vigente, estabelecida em 2022, determina que a pesquisa, lavra e comercialização de minérios nucleares é uma atividade exclusiva da INB.
“Qualquer urânio que seja potencial subproduto no Brasil só pode ser produzido se for em parceria com a INB”, afirmou a estatal em nota ao UOL Confere. Além disso, o urânio no país é considerado um monopólio da União, ou seja, sua exploração e comercialização são restritas à INB, conforme a legislação atual.
Portanto, o alarde sobre a compra de uma reserva de é infundado. A aquisição foi referente a uma mina de estanho, e não envolve a produção ou exploração de urânio, cuja gestão é estritamente controlada pelo governo federal e pela INB.