Na última semana, a Promotoria de Justiça de Santa Bárbara, juntamente com o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais (CAO-Cimos) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promoveu uma audiência pública no distrito de Brumal.
O evento teve como foco a apresentação e discussão de estudos realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo CAO-Cimos sobre os impactos sofridos pela comunidade da zona de autossalvamento da barragem Córrego do Sítio II (CDS II), cuja estrutura de contenção de rejeitos de mineração é de responsabilidade da AngloGold Ashanti.
A audiência teve como objetivo principal prestar contas sobre o trabalho do MPMG e compartilhar com a comunidade os resultados dos estudos técnicos produzidos. A reunião também serviu para ouvir as demandas e preocupações dos moradores, permitindo que suas vozes fossem consideradas na formulação das estratégias de atuação do MPMG.
Moradores puderam dizer sobre os impactos da barragem de Brumal no cotidiano
Após as explanações técnicas, os moradores tiveram a oportunidade de se manifestar sobre a barragem. Suas intervenções confirmaram as conclusões dos estudos e trouxeram à tona os desafios enfrentados devido aos eventos críticos relacionados à barragem CDS II.
Entre as principais questões levantadas na barragem estavam a alteração nos modos de vida e na qualidade de vida da população, prejuízos à saúde mental e psicológica, mudanças nos hábitos e costumes, redução do valor dos imóveis e a perda de liquidez, além dos impactos negativos nas atividades produtivas locais.
Os debates evidenciaram a profundidade dos danos e a necessidade urgente de medidas eficazes para mitigar os efeitos adversos sobre a comunidade e restabelecer o bem-estar no local próximo a barragem.