O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) oficializou o cancelamento do registro de cinco profissionais envolvidos no colapso da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia, que completou cinco anos em janeiro, deixou 270 mortos e é considerada uma das maiores catástrofes socioambientais da história do Brasil.
A medida foi aprovada ao final de março, durante uma sessão do órgão, mas só veio a público nesta semana. A ação marca um novo capítulo no processo de responsabilização técnica dos envolvidos no desastre, ocorrido em 25 de janeiro de 2019.
Profissionais diretamente envolvidos na barragem de Brumadinho perdem autorização para exercer a profissão
Os engenheiros e gestores que tiveram seus registros cassados são: André Jum Yassuda, da consultoria Tuv Sud; Andrea Leal Loureiro Dornas e Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, ambas engenheiras da Vale; Lucio Flavo Gallon Cavalli, então diretor de ferrosos da mineradora; e Renzo Albieri Guimarães Carvalho, responsável pela gestão da estrutura que se rompeu.
O processo administrativo foi iniciado pelo Crea-MG em 2021, com base nas investigações técnicas e periciais que apontaram falhas graves nos procedimentos de monitoramento e segurança da barragem. O cancelamento do registro profissional impede que os envolvidos voltem a exercer qualquer atividade regulada pelo sistema Confea/Crea no território nacional.