Segundo deslizamento de rejeitos na Mina de Turmalina em menos de 2 meses causa mais danos em Conceição do Pará

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No domingo (2), a Mina de Turmalina, localizada no povoado de Casquilho, em Conceição do Pará, Centro-Oeste de Minas Gerais, registrou um novo deslizamento de rejeitos. Esta é a segunda vez que a área é atingida por esse tipo de acidente, sendo que o primeiro ocorreu em 7 de dezembro, forçando diversas famílias a deixarem suas casas.

De acordo com a Jaguar Mining, responsável pela operação da mina, o deslizamento foi identificado pela manhã, após o monitoramento da área com georradares, que indicavam uma tendência de deformação devido ao alto volume de chuvas na região. A empresa informou que a porção que deslizou estava localizada na parte frontal da pilha de rejeitos, dentro da área já afetada pelo deslizamento anterior.

A Jaguar Mining também destacou que, desde o incidente de dezembro, o acesso à comunidade de Casquilho de Cima foi bloqueado como medida de segurança, em decisão conjunta com autoridades federais, estaduais e municipais.

Realocação das famílias e o acompanhamento próximo a Mina de Turmalina

Após o primeiro deslizamento na Mina de Turmalina, a Jaguar Mining iniciou um processo de realocação das famílias que foram impactadas. Até o momento, 118 famílias foram cadastradas, sendo que 88 já foram realocadas para moradias temporárias. Essas famílias estão hospedadas em imóveis alugados pela empresa, além de algumas pessoas estarem em hotéis e pousadas enquanto aguardam uma solução definitiva.

A mineradora afirmou que mantém contato constante com os representantes das famílias afetadas, garantindo o acompanhamento da situação e a assistência necessária enquanto as autoridades e a empresa trabalham na mitigação dos impactos.

Multas e repercussões

Após o deslizamento em dezembro na Mina de Turmalina, a Jaguar Mining foi multada em quase R$ 320 milhões pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), devido aos danos ambientais causados. A reportagem procurou a pasta e a Agência Nacional de Mineração (ANM) para obter informações sobre possíveis novas punições relacionadas ao acidente recente, mas ainda aguarda retorno das autoridades.

Este novo deslizamento traz à tona mais uma vez os desafios relacionados à segurança em minas de rejeitos e as consequências de acidentes desse tipo, que não afetam apenas o meio ambiente, mas também a vida de centenas de pessoas que dependem dessas áreas para viver. A situação segue sendo monitorada, enquanto as investigações e ações corretivas continuam.

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