Nesta segunda-feira (), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou que o banco está determinado a explorar maneiras de antecipar os R$ 100 bilhões que o Estado deve receber como parte do acordo de Mariana.
Este pacto, firmado entre o governo e as mineradoras Vale e BHP Billiton, prevê que esses recursos sejam pagos ao longo de 20 anos.
Acordo histórico de Mariana e desafios pela frente do BNDES
O acordo de Mariana, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira passada (25), totaliza R$ 170 bilhões, englobando tanto recursos já aplicados quanto aqueles que ainda serão disponibilizados.
Mercadante destacou que, dos R$ 170 bilhões, cerca de R$ 37 bilhões já teriam sido utilizados pelas mineradoras para reparações relacionadas ao trágico rompimento da barragem da Samarco em 2015. Além disso, R$ 32 bilhões estão destinados a indenizações diretas às famílias afetadas.
Ele enfatizou o papel central do BNDES nesse contexto, afirmando que a antecipação dos recebíveis não apenas representa uma oportunidade de aceleração do desenvolvimento regional, mas também um passo importante para honrar compromissos sociais e ambientais.
“Temos um grande desafio pela frente. Precisamos reavaliar o que foi alegado pelas mineradoras em relação aos valores já aplicados e garantir que os recursos sejam efetivamente direcionados onde mais são necessários,” concluiu o presidente do BNDES.