Início Cidades & Mineradoras Samarco e a retomada das operações após o desastre de Mariana

Samarco e a retomada das operações após o desastre de Mariana

Área de operação da Samarco. Imagem: Reprodução Brasil Mining.
Após o desastre causado em 2015 pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, a mineradora Samarco, dona da barragem, teve suas operações suspensas. Em dezembro de 2020, depois de ter conseguido a Licença Operacional Corretiva (LOC), a Samarco retomou suas atividades operacionais. Leia a matéria abaixo e saiba mais sobre o processo de retomada.

A Licença Operacional Corretiva só foi obtida após a realização de várias obras pela Samarco. A LOC reestabeleceu as licenças que foram suspensas pelo Semad (secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais) em função do rompimento da barragem. 

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Lama de rejeitos sobre o Rio Doce. Imagem: Corpo de Bombeiros.

A retomada das atividades operacionais da Samarco ainda estão ocorrendo de forma gradual. Inicialmente, a empresa opera com 26% de sua capacidade produtiva (30 milhões de toneladas por ano) e está submetida a uma série de requisitos e normas ambientais e de segurança do trabalho. De acordo com o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, a empresa lamenta o desastre ocorrido em Mariana e pretende fazer uma mineração mais segura e sustentável em 2023.

Fundação Renova

A Fundação Renova foi criada com o objetivo de reparação e indenização socioeconômica e socioambiental dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A fundação é uma organização sem fins lucrativos que surgiu a partir do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), um compromisso jurídico que define o propósito da fundação em 42 programas e projetos que são realizados na área impactada pelo desastre. De acordo com a Samarco, já foram destinados 25 bilhões de reais para a fundação.

A Samarco possui, ainda, cerca de 50 bilhões de reais em dívidas financeiras, as quais estão sujeitas à Recuperação Judicial. Atualmente, sete anos após o rompimento da barragem, ainda há uma forte mobilização social por parte de moradores e organizações, aos quais exigem maior investigação e punição da empresa e dos possíveis responsáveis pelo desastre.

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