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O Rio Doce está se recuperando?

Foto: Wikimedia Commons
O rompimento da Barragem de Fundão em Mariana liberou um volume de 50 bilhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro nas águas do Rio Doce, em Minas Gerais. Os danos causados pelo maior desastre ambiental da história são imensuráveis. No entanto, pesquisas apontam que o Rio Doce está, aos poucos, se recuperando do desastre.

O Rio Doce tem seu fluxo de água localizado no sudeste do Brasil e banha 38 municípios nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Reconhecido por sua importância ambiental e socioeconômica nos municípios situados à sua margem, o Rio Doce é essencial para o abastecimento urbano e rural e fomento das atividades pesqueiras e agropecuárias.

Municipios banhados pelo rio Doce wikipedia
Municípios banhados pelo Rio Doce. Imagem: Reprodução Wikipedia

O desastre ambiental causado pelo rompimento da barragem de rejeitos em 2015 devastou o Rio Doce e sua biodiversidade. Desde a ocorrência do desastre, diversos estudos tentam mensurar os impactos ambientais causados por ele. O Projeto Rio Doce, da Fundação Getúlio Vargas, é uma iniciativa de 2017 que reúne professores e pesquisadores com o objetivo de respaldar técnica e cientificamente os danos e as possibilidades de recuperação ambiental. O projeto propões a reparação integral do Rio Doce por meio de tecnologia, análises e medidas sustentáveis.

As principais medidas para recuperação são: Restauração da mata ciliar, preservação da vegetação, da fauna e dos recursos hídricos, análises ambientais e monitoramento da evolução dos processos. Estudos divulgados recentemente revelam que a recuperação do Rio Doce está em curso. De acordo com Juliana Bedoya, Gerente de Programas Socioambientais da Fundação Renova, diversos pontos do rio já possuem água própria para o consumo (após tratamento convencional).

A responsável por arcar com medidas de reparação (social, econômica e ambiental) é a Mineradora Samarco, dona da barragem. A Fundação Renova, da qual a Expedição Rio Doce faz parte, foi criada com intuito de mobilizar as reparações a serem feitas pela empresa. Contudo, sete anos depois, a mineradora ainda não cumpriu todas as medidas de indenização e reparação que foram impostas a ela.

 

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